Fonte oficial da UNICEF afirmou à EFE que a missão contará com a participação das companhias AirBridgeCargo, Air France/KLM, Astral Aviation, Brussels Airlines, Cargolux, Cathay Pacific, Emirates Skycargo, Ethiopian Airlines, Etihad Airways, IAG Cargo, Korean Air, Lufthansa Cargo, SAUDIA, Singapore Airlines, Qatar Airways e United Airlines.
De acordo com a UNICEF, ao abrigo da Iniciativa de Carga Aérea Humanitária, agora lançada, as companhias aéreas assinaram acordos para apoiar a priorização das entregas de vacinas Covid-19, mas também medicamentos essenciais, dispositivos médicos e “outros suprimentos essenciais para responder à pandemia”
“A entrega destas vacinas (…) é uma tarefa monumental e transversal, considerando os volumes que precisam ser transportados, as necessidades da rede de frio, o número de entregas esperadas e a diversidade de rotas”, referiu Etleva Kadilli, diretora da divisão de abastecimento da UNICEF.
O mecanismo Covax visa fornecer vacinas aos países mais desfavorecidos, prevendo que a partir do primeiro semestre deste ano 145 países recebam doses para imunizar perto de 3% das suas populações.
A iniciativa da agência da ONU, que reúne companhias aéreas com cobertura em cem países, também visa estabelecer um mecanismo de preparação logística global “para outras crises humanitárias e de saúde a longo prazo”.
Apesar do investimento público e privado sem precedentes realizado no desenvolvimento e entrega de vacinas, a Covax estima que precisará, este ano, de mais 6,8 mil milhões de dólares para conseguir entregar vacinas a 92 países em desenvolvimento.
Numa carta publicada no passado fim-de-semana na revista The Lancet, diversos cientistas defenderam que, numa altura em que vários países admitem a implementação de passaportes de vacinação antes da retomada das viagens internacionais, “a acumulação de doses de vacinas nos países mais ricos pode prolongar a crise sanitária”.
Os especialistas sustentam que, por causa desse “nacionalismo vacinal”, o Covax, dispositivo da ONU destinado a distribuir vacinas contra a Covid-19 a países desfavorecidos, poderá enfrentar uma insuficiência de doses por vários anos.
“A verdade ‘nua e crua’ é que o mundo precisa de mais doses de vacinas contra a Covid-19 do que de qualquer vacina na história, para imunizar pessoas suficientes para atingir a imunidade coletiva”, refere a AFP citando um dos principais autores da carta, Olivier Wouters, da London School of Economics and Political Science.
A pandemia de Covid-19 provocou, pelo menos, 2.400.543 mortos no mundo, resultantes de mais de 108,7 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 15.411 pessoas dos 787.059 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Lusa/HN
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