O anúncio foi feito na reunião do executivo desta manhã pelo presidente da Câmara do Porto, o independente Rui Moreira, na sequência de uma recomendação verbal apresentada pelo vereador do PSD, Álvaro Almeida, que pretendia que a autarquia estendesse o apoiado prestado aos AcES aos idosos, apoiando as suas deslocações aos centros de vacinação.
“Muitas vezes são chamados para a própria tarde ou para o dia seguinte e não têm facilidade em encontrar transporte. Pode tornar-se uma situação stressante, e por isso era preciso apoiar com o transporte e não só”, afirmou o vereador social-democrata, salientando que o modelo já a ser implementado por outras autarquias.
O vereador salientou que em causa estão pessoas com mais de 80 anos, a maioria a viver sozinhas e com dificuldades em se deslocar, pelo que a criação de um sistema que assegurasse o transporte e o acompanhamento do idoso beneficiaria estes utentes.
Mostrando-se de acordo com a proposta do vereador social-democrata, Moreira indicou que a parceria estabelecida vai ao encontro das necessidades desta população, além de ser uma forma de apoiar o setor dos táxis “que está a passar uma grande crise”.
Inicialmente avançada pelo autarca, a informação foi posteriormente confirmada pela vereadora dos Transportes, Cristina Pimentel, que adiantou estar “em contacto com as duas centrais de táxi” da cidade “para que sejam parte ativa no transporte de e para os centros de vacinação”, estando os acordos “a ser finalizados”.
A responsável adiantou ainda que, no âmbito do “plano de micromobilidade” para os centros de vacinação, também foi feito “o reforço de algumas linhas da STCP”.
Acerca desta matéria, o presidente da autarquia adiantou ainda que câmara vai disponibilizar aos dois AcES da cidade a Escola do Sol, na zona da Sé, como forma de potenciar a resposta.
“Estamos a atuar de duas formas: a trabalhar com os AcES para capacitar a resposta, e a pensar como podemos fortalecer essa capacidade, que ainda é ténue, quando chegar a vacinação em massa”, referiu o autarca, salientando que o importante “é não se perder a oportunidade de vacinação, no caso de o Porto, de um dia para o outro, receber cerca de 3.000 vacinas”.
O vereador da Habitação e Coesão Social, Fernando Paulo, indicou ainda que as juntas de freguesia têm vindo a associar-se ao processo de vacinação, tendo a Junta de Campanhã, como a do Bonfim, manifestado a disponibilidade em ceder os respetivos auditórios.
Rui Moreira ainda recordou que, desde o dia 10 de fevereiro, o município disponibiliza um centro de vacinação drive-thru no Queimódromo, com o apoio da Unilabs Portugal.
“Temos ainda mais duas situações previstas: um walk-in nos Jardins do Palácio de Cristal e outro drive-thru no antigo parque de recolha da STCO em São Roque”, indicou o presidente da Câmara do Porto.
Lusa/HN
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