Em conferência de imprensa, José Ernesto Ramírez admitiu que esta mutação, detetada no país pela primeira vez em outubro, “pode ter uma maior transmissibilidade”, apesar de sublinhar não ser “apropriado neste momento chamar-lhe uma nova variante mexicana”.
A linhagem descoberta é o B.1.1.222, com uma mutação T478K, disse.
“Podemos fazer um pedido específico para nomear [esta variante] de alguma forma, com um nome particular, mas não é apropriado neste momento chamar-lhe uma nova variante mexicana”, insistiu.
O responsável acrescentou que o “aumento significativo” da circulação desta mutação no país é semelhante ao que outras variantes, como as que foram detetadas no Reino Unido, no Brasil ou na África do Sul, registaram nestes países.
O diretor de Investigação Molecular do Indre acrescentou que esta mutação “também foi encontrada no Canadá, nos Estados Unidos e em alguns países da Europa e de África”.
“O que estamos a dizer é que é [esta mutação] o que estamos a encontrar com mais frequência aqui. É um dado que temos de dar aos nossos responsáveis de epidemiologia para que possam começar a desenvolver estratégias”, disse.
Ramírez precisou que a nova linhagem maioritária tem “um par de mutações muito importantes” que “poderiam ter impacto” na saúde pública, tendo em conta a forma como tem aumentado a sua distribuição entre a população.
“Certamente que pode ter uma maior transmissibilidade. É por isso que sugerimos a realização de estudos virológicos, epidemiológicos e clínicos, para ver se tem ou não impacto na saúde pública”, disse.
O México registou 877 mortes por Covid-19 nas últimas 24 horas, acumulando agora 183.692 óbitos desde o início da pandemia, segundo dados oficias.
Nas últimas 24 horas, o país diagnosticou 8.642 novos casos, fazendo subir para 2.069.370 o total de infeções.
O México é o terceiro país do mundo com mais mortes provocadas pelo novo coronavírus, atrás dos Estados Unidos e do Brasil, e o 13.º em número de infeções, de acordo com a contagem independente da Universidade norte-americana Johns Hopkins.
A pandemia de Covid-19 provocou, pelo menos, 2.498.003 mortos no mundo, resultantes de mais de 112,5 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 16.185 pessoas dos 801.746 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
LUSA/HN
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