Cardona, até agora responsável pela mesma pasta no Estado de Connecticut, foi confirmado pela câmara alta com 64 votos a favor e 32 contra.
Nascido no Connecticut, filho de pais porto-riquenhos, Cardona é um professor que, a partir do seu atual cargo, supervisionou o ensino à distância a milhares de estudantes devido à pandemia de Covid-19.
Nestas novas responsabilidades, terá o desafio de orientar a administração Biden na estratégia de reabertura das escolas, fechadas após o início da pandemia.
Depois de ser indicado por Biden para o cargo, Cardona prometeu que fará tudo o que for possível para que crianças e jovens tenham acesso às mesmas oportunidades educacionais.
“Para muitos alunos, o código postal e a cor da pele continuam a ser os melhores indicadores das oportunidades que terão ao longo da vida”, lamentou Cardona, que citou o académico Pedro Noguera para afirmar que os Estados Unidos permitiram durante muito tempo “a normalização do fracasso”.
“Durante muito tempo – prosseguiu – permitimos que as crianças norte-americanas terminassem o ensino médio sem nenhuma ideia de como entrar no mercado de trabalho.”
Na audiência de confirmação no Comité de Educação do Senado, Cardona foi pressionado por vários legisladores republicanos sobre a sua posição em relação aos alunos transgéneros em áreas como o desporto escolar.
“Acredito ser de vital importância que os sistemas educacionais e os educadores respeitem os direitos de todos os alunos, incluindo os alunos transgéneros, e que eles tenham as oportunidades que todos os outros têm de participar em atividades extracurriculares”, disse Cardona.
Miguel Cardona é um dos políticos latinos nomeados por Biden, tal como o secretário para a Segurança Nacional, Alejandro Mayorkas, e Xavier Becerra, que aguarda ainda a confirmação do Senado para assumir a pasta da Saúde e Serviços Humanos.
LUSA/HN
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