Twitter quer lutar contra desinformação sobre vacinas e admite banir utilizadores que espalhem “informações enganadoras”

2 de Março 2021

O Twitter anunciou na segunda-feira que pretende intensificar a luta contra a desinformação sobre as vacinas para a covid-19, incluindo a possibilidade de banir utilizadores, após cinco avisos.

“Acreditamos que este sistema ajudará a educar o público sobre os nossos regulamentos e a reduzir a propagação de informações potencialmente perigosas ou enganadoras no Twitter, especialmente em infrações repetidas, moderadas ou graves”, disse a rede social em comunicado, segundo a agência de notícias France-Presse (AFP).

Em dezembro, o Twitter já tinha pedido aos utilizadores a remoção de alegações falsas, tais como as que sugerem que as vacinas são utilizadas para prejudicar ou controlar as populações, alegados efeitos adversos ou que põem em causa a existência da Covid-19 e da necessidade de se vacinar.

Desde então, os moderadores da empresa californiana retiraram mais de 8.400 publicações e notificaram cerca de 11,5 milhões de contas em todo o mundo.

Agora, a partir do segundo aviso, os utilizadores terão as suas contas bloqueadas durante 12 horas. Ao quarto aviso, o bloqueio terá a duração de sete dias, tornando-se permanente ao quinto.

As regras são inspiradas no sistema contra a desinformação eleitoral, que levou o Twitter a banir o antigo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, por ofensas repetidas, como incitamento à violência e mensagens que desacreditavam as eleições presidenciais.

Já em outubro, quando as vacinas estavam ainda em ensaios clínicos, o YouTube e o Facebook anunciaram regulamentos rigorosos para proibir a desinformação sobre vacinas e os esforços para minar as campanhas de vacinação.

O Twitter também anexará a mensagem de que as publicações “podem conter informações enganadoras sobre as vacinas Covid-19”, de acordo com o comunicado.

Os moderadores serão responsáveis por determinar que conteúdo viola os regulamentos, mas a plataforma espera desenvolver um sistema automatizado para detetar mensagens problemáticas.

LUSA/HN

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