“Este processo todo deverá exigir, não só os esforços do Governo, como também dos parceiros de cooperação. Vacinar o povo é uma responsabilidade de todos nós”, declarou Armindo Tiago, durante a apresentação oficial do plano em Maputo.
Além da aquisição, o montante será usado para distribuição e supervisão do processo de vacinação, bem como para garantir a capacitação dos técnicos que a vão administrar, avançou o governante.
O objetivo é vacinar 17 milhões de pessoas até 2022, excluindo-se os menores de 15 anos e as mulheres grávidas.
“A maior parte de estudos que foram publicados não oferecem dados em termos de eficácia e segurança para a vacinação destes grupos. Entretanto, deve ficar claro que logo que a evidência for produzida a exclusão destes grupos pode ser alterada”, declarou Tiago.
Além dos profissionais de saúde, na primeira fase de vacinação, o executivo moçambicano quer abranger idosos que vivem em lares e trabalhadores destes espaços, bem como as Forças de Defesa e Segurança e pacientes com diabetes Mellitus.
Na segunda fase, de acordo com Armindo Tiago, a prioridade vai para doentes com diabetes não abrangidos na fase anterior, os reclusos e funcionários das prisões, além das populações residentes em centros de acolhimento e pessoas a viver nas zonas urbanas, com mais de 50 anos.
A terceira e a quarta fases vão abranger as pessoas em centros de acomodação que não tenham sido vacinadas, residentes de comunidades rurais com mais de 50 anos e, por último, toda população.
As primeiras 200 mil doses da vacina em Moçambique chegaram em fevereiro, como resultado de uma doação da China.
Cerca de 60% deste lote é destinado aos profissionais de saúde que estão na linha da frente do combate contra à Covid-19 e o processo de vacinação arranca na segunda-feira.
O ministro da Saúde garantiu que o executivo moçambicano está a envidar esforços para a obtenção de outras doses para Moçambique, que também aguarda pela sua parte no âmbito do mecanismo internacional Covax.
Moçambique registou 680 mortes por Covid-19 e um total acumulado de 61.529, 74% dos quais são considerados recuperados, segundo a última atualização
A pandemia de Covid-19 provocou, pelo menos, 2.570.291 mortos no mundo, resultantes de mais de 115,5 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
LUSA/HN
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