“Se foi vacinado, mantenha-se tranquilo. Estas reações são extremamente raras e no nosso país não foram reportados fenómenos semelhantes aos encontrados nos outros países”, afirmou Graça Freitas, numa conferência de imprensa conjunta com a Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed) e com a `task force´ do plano de vacinação.
Segundo a responsável da Direção-Geral da Saúde (DGS), “apesar de as reações adversas mencionadas serem extremamente graves, também são extremamente raras”, não estando identificado o nexo de casualidade entre esta vacina e as situações de coágulos sanguíneos registados em outros países.
“Apesar de não estar identificado o nexo de causalidade entre a vacina e estas reações, pelo princípio da precaução foi decidido fazer uma pausa na vacinação com a vacina da AstraZeneca”, disse.
Dirigindo-se às pessoas que já receberam a vacina da AstraZeneca em Portugal, Graça Freitas apelou ainda para que se mantenham atentas a sintomas de mau estar durante alguns dias.
“Sobretudo, se este mau estar for acompanhado de nódoas negras ou hemorragias cutâneas, não hesite e consulte um médico”, salientou Graça Freitas, ao assegurar que o ministério da Saúde e o Infarmed “mantêm toda a confiança na vacinação contra a covid-19” e apelam a todos para que continuem a vacinar-se de acordo com o calendário previsto.
O comité de especialistas da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a segurança de vacinas reúne-se na terça-feira para discutir a vacina contra a covid-19 AstraZeneca/Oxford, anunciou o hoje o seu diretor-geral.
A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) também já anunciou que vai realizar uma reunião especial na quinta-feira para analisar esta situação, mas já adiantou que os benefícios da utilização da vacina superam os riscos.
As duas reuniões foram agendadas na sequência da decisão de vários países europeus de, por precaução, suspenderem a administração desta vacina, após relatos de aparecimento de coágulos sanguíneos em pessoas que já tinham sido vacinadas.
LUSA/HN
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