Governo australiano quer acesso urgente a um milhão de doses de vacina para dar à Papua Nova Guiné

17 de Março 2021

A Austrália pediu esta quarta-feira ao laboratório britânico AstraZeneca e à UE o acesso urgente a um milhão de doses da vacina compradas para dar à Papua Nova Guiné, que enfrenta um surto de Covid-19.

O primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, disse que queria utilizar as doses, encomendadas para a Austrália e já pagas, para ajudar a Papua Nova Guiné, a norte do país, a combater a doença causada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2.

“Estamos a fazer um pedido formal à AstraZeneca e às autoridades europeias de acesso a um milhão de doses do nosso pedido à AstraZeneca, não para a Austrália, mas para a Papua Nova Guiné, um país em desenvolvimento que precisa desesperadamente destas vacinas”, afirmou.

“Assinámos um contrato para estas doses, pagámos por elas. E queremos ver essas vacinas chegar aqui para que possamos apoiar o nosso vizinho mais próximo, a Papua Nova Guiné”, salientou Morrison.

Estas afirmações surgiram depois de a Itália ter bloqueado um carregamento de vacinas AstraZeneca para a Austrália, no início de março.

Roma justificou o bloqueio devido à “persistente escassez de vacinas e atrasos no fornecimento por parte da AstraZeneca” na UE e em Itália.

A UE não se opôs ao bloqueio da Itália e indicou que outros países-membros podiam seguir o exemplo.

A Papua Nova Guiné, um dos países mais pobres do Pacífico, registou oficialmente mais de mil novos casos da Covid-19 desde 01 de março, duplicando o número total de infeções desde que a doença chegou ao país há um ano.

Mas o ritmo lento dos testes suscitou preocupações nas autoridades de uma propagação mais rápida do SARS-CoV-2 entre a população.

A pandemia de Covid-19 provocou, pelo menos, 2.661.919 mortos no mundo, resultantes de mais de 122,7 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 16.707 pessoas dos 814.897 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

LUSA/HN

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

Gonçalo de Salis Amaral: “O tipo de envolvimento e comunicação deveria ser mais generalizado, não só no setor da saúde”

Num setor crítico como o da saúde, a gestão do capital humano é decisiva. Gonçalo de Salis Amaral, da Cegoc, explica em entrevista exclusiva ao Healthnews como o People Engagement Survey ajuda organizações como a CUF a medir o envolvimento dos colaboradores, a identificar prioridades e a implementar planos de ação. Um exemplo de como ouvir as pessoas constrói melhores experiências para utentes e profissionais.

Prémio MSD distingue projeto que usa realidade virtual para reduzir ansiedade em doentes com hipertensão pulmonar

Um sistema de realidade virtual que adapta estímulos visuais e sonoros em tempo real, com base no eletroencefalograma, vai ser testado para reduzir a ansiedade em doentes com hipertensão arterial pulmonar durante a realização de cateterismos cardíacos direitos. O projeto, liderado pelo Dr. Tiago Peixoto, da ULS de Santo António, venceu a 7.ª edição do Prémio MSD de Investigação em Saúde, que distinguiu ainda dois estudos sobre um substituto do sal para insuficiência cardíaca e um método de imagem para deteção precoce de Alzheimer.

Estado aumentou despesa em análises clínicas para 244 milhões de euros em 2024

O Estado português despendeu cerca de 244 milhões de euros em análises clínicas ao longo de 2024, refletindo um aumento de 4,1% face ao ano anterior, conforme dados divulgados pela Entidade Reguladora da Saúde (ERS). Este crescimento sucede a uma forte redução de 36% ocorrida entre 2022 e 2023, quando os custos passaram de aproximadamente 368 milhões para 235 milhões de euros.

MAIS LIDAS

Share This
Verified by MonsterInsights