A vacina foi “licenciada ao abrigo do procedimento para utilização de emergência” pelas autoridades filipinas, indicou, em comunicado, o Fundo Russo de Investimento Direto (RDIF), que financiou o desenvolvimento da vacina.
“As Filipinas foram dos primeiros países a mostrar interesse na vacina Sputnik, depois de esta ter sido licenciada na Rússia”, lê-se na mesma nota, que cita o diretor do RDIF, Kirill Dmitriev.
O responsável russo disse ainda que a vacina foi aprovada “após uma revisão exaustiva dos dados científicos” e manifestou confiança de que “se tornará um dos instrumentos fundamentais para impedir a propagação do coronavírus no país”.
As Filipinas, entre os países mais populosos do sudeste asiático, enfrentam um surto de infeções por coronavírus, tendo anunciado na quarta-feira o encerramento das suas fronteiras a estrangeiros.
Mais de 630 mil pessoas foram diagnosticadas com Covid-19 desde o início da pandemia, e quase 13 mil mortes foram atribuídas à Covid-19.
A maioria dos casos ocorreram na capital e na sua região, onde foi imposto recolher obrigatório noturno, enquanto as crianças estão proibidas de sair de casa.
As Filipinas esperam vacinar 70 milhões de pessoas este ano. Mais de um milhão de doses das vacinas desenvolvidas pelo laboratório chinês Sinovac e o britânico AstraZeneca foram entregues ao arquipélago nas últimas duas semanas.
Aprovada em 52 países, de acordo com o RDIF, a vacina russa Sputnik V foi inicialmente recebida com ceticismo no estrangeiro.
A sua fiabilidade foi validada em fevereiro pela revista científica The Lancet.
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