Estrutura de apoio ao hospital de Évora desativada após alta de último doente

22 de Março 2021

A estrutura municipal de apoio ao Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE) suspendeu a sua atividade temporariamente, no domingo, dias após o último doente com Covid-19 internado ter tido alta, divulgou esta segunda-feira a unidade hospitalar.

Em comunicado enviado à agência Lusa, o HESE indicou que o último doente internado na estrutura municipal de apoio (EMA) teve alta na quarta-feira e que a atividade deste equipamento, no domingo, foi suspensa temporariamente, com “o abrandamento da infeção” pelo novo coronavírus SARS-CoV-2 “a nível local e regional”.

Segundo a unidade hospitalar, entre o dia 09 de janeiro, quando foi ativada, e o dia 17 deste mês, foram internados na Estrutura Municipal de Apoio ao Hospital (EMA) do hospital de Évora 123 doentes com Covid-19.

“Esta estrutura foi um sucesso pela rapidez com que entrou em funcionamento, fazendo frente às necessidades do momento, pelo trabalho que foi desenvolvido pelas equipas” e “pelos doentes que tratou”, constituindo “um exemplo da importância da articulação e parceria entre instituições”, realçou o HESE.

Citada no comunicado, a presidente do conselho de administração do HESE, Maria Filomena Mendes, afirmou que “o trabalho desenvolvido pelas equipas e por cada uma das instituições ultrapassou todas as expectativas”.

“Criou-se uma unidade verdadeiramente focada no doente, concebida e desenvolvida por equipas dedicadas. Em articulação com os outros serviços do HESE, a rotatividade e articulação dos doentes foi muito bem conseguida”, referiu.

Para a responsável, fez-se “história dentro e fora do hospital”, porque, “sem a EMA, não teria sido possível dar resposta aos doentes mais graves que precisavam de internamento”, sobretudo, na fase em que o HESE chegou a ter internados “120 doentes com Covid-19”.

A EMA foi cedida à unidade hospitalar pela Câmara de Évora e recebeu os primeiros três doentes a 09 de janeiro.

Os cuidados aos doentes transferidos para este equipamento foram prestados por uma equipa multidisciplinar do HESE, que incluiu médicos, enfermeiros, assistentes operacionais e assistentes sociais.

Arrendado pelo município, o pavilhão onde funcionou a EMA para doentes Covid-19 situa-se na zona industrial da Horta das Figueiras.

Este equipamento foi o segundo que a câmara criou como resposta à pandemia de Covid-19, depois da instalação de uma estrutura semelhante na residência universitária Manuel Álvares, num investimento a rondar os 75 mil euros.

A pandemia de Covid-19 provocou, pelo menos, 2.710.382 mortos no mundo, resultantes de mais de 122,7 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 16.768 pessoas dos 817.530 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

LUSA/HN

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