De acordo com o diretor de campanha de Kolélas, Christian Cyr Rodrigue Mayanda, o candidato opositor morreu pouco depois de aterrar em Paris, para onde foi levado depois de ter um teste positivo para o novo coronavírus, na sexta-feira, último dia da campanha eleitoral.
“Meus caros compatriotas, estou em dificuldades, estou a lutar contra a morte mas, no entanto, peço-vos que se levantem e vão votar pela mudança”, disse o candidato da União dos Democratas Humanistas (UDH) este fim de semana, num vídeo colocado nas redes sociais a partir de um hospital em Brazaville.
Kolelas, que aparece no vídeo com uma máscara de oxigénio, foi ligado a um ventilador e, embora o partido tenha anunciado anteriormente que estava a sofrer de uma “crise aguda de malária”, na sexta-feira foi internado numa clínica em Brazaville e diagnosticado com Covid-19, de acordo com Mayanda, citado pelos meios de comunicação congoleses.
O ex-ministro tinha ficado em segundo lugar nas eleições de 2016, que mais uma vez deram a vitória ao chefe de Estado, Dénis Sassou Nguesso, de 77 anos, e no poder desde 1997.
Observadores disseram acreditar que o antigo Presidente e candidato do Partido Trabalhista Congolês (PCT) vai ganhar a primeira volta das presidenciais.
“Sassou Nguesso tem todos os meios, ao contrário dos outros candidatos. A oposição está fortemente dividida”, disse um comentador político, que pediu o anonimato, à agência de notícias EFE.
A pandemia de Covid-19 provocou, pelo menos, 2.710.382 mortos no mundo, resultantes de mais de 122,7 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 16.768 pessoas dos 817.530 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
LUSA/HN
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