“Apanhando as duas doses a eficácia da vacina na proteção do indivíduo é máxima. Portanto, recomendo a todos os colegas a irem rapidamente apanhar a segunda dose de acordo com o calendário proposto para cada um de nós”, disse aos jornalistas Armindo Tiago, ministro da Saúde, após tomar a segunda dose da vacina.
Além dos profissionais de saúde, serão também abrangidos idosos em lares, trabalhadores em morgues e coveiros, grupos que tomaram a primeira dose da vacina entre 08 e 12 de março, quando foi lançada a campanha de vacinação no país.
A administração da segunda dose da vacina, que arranca hoje, vai terminar na sexta-feira, 02 de abril.
Segundo as autoridades, neste momento decorre a vacinação de diabéticos com a primeira dose e espera-se abranger, de acordo com os estudos de prevalência da doença no país, quase um milhão de pessoas, avançou o ministro.
Armindo Tiago disse ainda, sem avançar datas, que nos próximos tempos vão também ser vacinadas “pessoas com doença ou tratamento imunossupressor, pessoas com insuficiência renal, respiratória ou cardíaca”.
De acordo com as autoridades de saúde, até quinta-feira tinham recebido a primeira dose 84% das pessoas previstas, incluindo 54.102 profissionais de saúde do setor público de um total de cerca de 60.000 designados como prioritários.
Entre as pessoas que não receberam a primeira dose da vacina estão muitas que a recusaram, num número e em circunstância que vão estar sob análise dos serviços sanitários.
Moçambique espera receber, até maio, mais de 1,7 milhões de vacinas no âmbito da iniciativa Covax, lançada pela Organização Mundial da Saúde para garantir o acesso às vacinas pelos paíss mais pobres.
O Ministério da Saúde moçambicano prevê arrancar com a segunda fase de vacinação, entre 05 e 10 de abril, abrangendo mais grupos populacionais, entre diabéticos e reclusos, com recurso a cerca de 340 mil doses.
Em função das vacinas disponíveis, poderão também fazer parte dos grupos professores primários, jornalistas e polícias com idade superior a 50 anos.
Moçambique recebeu até agora 200 mil vacinas da China, outras 384 mil doadas no âmbito da iniciativa Covax e 100 mil pela Índia.
O país espera vacinar 17 milhões de pessoas até 2022, excluindo-se os menores de 15 anos e as mulheres grávidas.
Moçambique tem um total acumulado de 764 óbitos e 67.197 casos, 82% recuperados, segundo a última atualização.
LUSA/HN
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