A chegada dos ventiladores à capital brasileira, Brasília, para “ajudar o povo brasileiro no seu combate à pandemia”, foi anunciada pelo embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, na rede social Twitter.
O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Ernesto Araújo, pediu ontem demissão após uma forte pressão de políticos ligados ao Presidente do país, Jair Bolsonaro, que o acusam de obstruir o acesso às vacinas contra a Covid-19, divulgou a imprensa brasileira.
Araújo teve um atrito direto com Yang Wanming por comentários que questionavam a eficácia das vacinas produzidas na China.
O Brasil luta contra uma segunda vaga mais mortal de infeções, que, segundo muitos especialistas, pode acelerar nas próximas semanas, devido à circulação de variantes novas e mais agressivas.
Na sexta-feira, a Força Aérea alemã tinha enviado 80 ventiladores e acessórios para uso hospitalar para Manaus, capital do estado brasileiro do Amazonas, onde os hospitais estão sobrecarregados com o grande número de pacientes com Covid-19.
A doação atendeu ao pedido de ajuda do governo regional do Amazonas, endereçado à comunidade internacional.
Também na sexta-feira, Yang Wanming revelou que o presidente da Assembleia Popular Nacional da China, Li Zhanshu, e o presidente da Câmara dos Deputados do Brasil, Arthur Lira, tinham falado sobre o “reforço da parceria no combate à pandemia e nas vacinas”.
Já a 9 de março Arthur Lira tinha enviado uma carta ao governo chinês a pedir o envio de vacinas chinesas e de ingredientes ativos para a produção de doses de vacinas.
O Instituto Butantan, ligado ao governo do Estado de São Paulo, está a preparar no Brasil doses da CoronaVac, uma vacina desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac Biotech Ltd.
Segundo a agência espanhola Efe, um dia antes, o secretário executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco, tinha enviado uma carta a Yang Wanming a pedir ajuda para adquirir 30 milhões de doses da vacina BBIBP-CorV, desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinopharm.
LUSA/HN
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