“Era necessário que as turmas pudessem ser ainda reorganizadas para poderem ficar com menos alunos. Isso era importante do ponto de vista da aprendizagem e de um trabalho mais personalizado dos professores, mas também para manter o distanciamento”, afirmou Mário Nogueira, que falava aos jornalistas junto à Escola Eugénio de Castro, em Coimbra, no dia em que os alunos dos 2.º e 3.º ciclos retomam as aulas presenciais.
O dirigente sindical realçou também a importância do reforço do pessoal não docente, numa altura em que a desinfeção e limpeza “são fundamentais” e em que as escolas ainda apresentam um défice.
No entanto, a preocupação com as condições dos alunos nas escolas “é superada pela importância que tem o regresso ao ensino presencial”, frisou.
“O ensino presencial já fazia falta. Os prejuízos que os nossos alunos tiveram ao longo deste período todo foram grandes, apesar do esforço de todos”, notou.
Mário Nogueira espera agora que seja possível manter as escolas abertas até ao final do ano letivo.
Questionado sobre o plano de recuperação de aprendizagens que deverá ser apresentado pelo Governo em maio, o secretário-geral da Fenprof salientou que espera que o próximo ano letivo “se organize para que seja possível superar” os problemas que o ensino à distância trouxe.
“Vamos aguardar para ver o que aí vem, mas que este ano não tenha mais problemas e mais prejuízos e não se acumulem mais défices na aprendizagem”, disse.
Os alunos dos 2.º e 3.º ciclos retomam hoje as aulas presenciais, no âmbito da segunda fase do plano de desconfinamento do país devido à pandemia, que prevê também a reabertura de centros de dia, equipamentos para deficientes e esplanadas.
A partir de hoje, e durante a próxima quinzena, a proibição da circulação entre concelhos no continente português deixa de estar em vigor, mantendo-se encerrada a fronteira terrestre entre Portugal e Espanha.
LUSA/HN
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