Sobe para 34 o número de mortos em naufrágio de ‘ferry’ no Bangladesh

6 de Abril 2021

O número de mortos causado pelo naufrágio, no domingo, de um ‘ferry’ no Bangladesh aumentou para 34, com a descoberta de seis novos corpos, enquanto duas pessoas continuam desaparecidas, avançaram esta terça-feira as autoridades locais.

O ‘ferry’ Sabit Al Hassan, que transportava cerca de 50 pessoas, naufragou no final da tarde de domingo após colidir com um navio cargueiro, no rio Shitalakhsya, após deixar Narayanganj, a 20 quilómetros da capital Daca, com destino ao distrito vizinho de Munshiganj.

Os passageiros estavam a voltar para casa depois de o Governo ter instituído um confinamento nacional de sete dias, a partir de segunda-feira, para enfrentar um recente aumento do número de casos de Covid-19.

As autoridades interromperam as buscas na segunda-feira, depois de retirarem o navio do poluído rio Shitalakshya e terem encontrado 22 corpos.

No entanto, a pressão das famílias de pessoas que ainda estão desaparecidas levou as equipas de resgate a retomar as operações na noite de segunda-feira, passando de helicóptero sobre águas lamacentas à procura de mais vítimas.

“De acordo com depoimentos de familiares, pelo menos duas pessoas ainda estão desaparecidas”, disse o responsável local Mustain Billah.

O confinamento iniciado na segunda-feira obrigou a suspender todos os transportes públicos e a fechar lojas e centros comerciais.

Os acidentes de ‘ferry’ são comuns no Bangladesh, um país atravessado por centenas de rios e com vários canais.

Milhões de pessoas dependem fortemente de ‘ferries’ para transporte, especialmente na região costeira do sul do país, mas estes barcos são inseguros.

Os especialistas atribuem a maioria dos acidentes à má manutenção dos navios, a padrões fracos de segurança e à frequente sobrelotação nas viagens.

Em junho do ano passado, um ‘ferry’ naufragou em Daca depois de ter colidido com outro navio, tendo morrido pelo menos 32 pessoas.

Em fevereiro de 2015, pelo menos 78 pessoas morreram quando um navio sobrecarregado colidiu com um cargueiro num rio do centro do país.

LUSA/HN

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

Bolsas Mais Valor em Saúde distinguem quatro projetos inovadores no SNS

Gilead Sciences, em parceria com a Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH), a Exigo e a Vision for Value, anunciou os vencedores da 4ª edição das Bolsas Mais Valor em Saúde – Vidas que Valem, iniciativa que distingue projetos inovadores no Serviço Nacional de Saúde (SNS) focados na metodologia Value-Based Healthcare (VBHC). 

Dia Mundial da DPOC: Uma Doença Prevenível que Ainda Mata

No dia 19 de novembro assinala-se o Dia Mundial da Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC), uma condição respiratória crónica que, apesar de ser prevenível e tratável, continua a ser uma das principais causas de morbilidade e mortalidade a nível global.

Patrícia Costa Reis: “Precisamos de diagnosticar mais cedo a XLH”

Numa entrevista exclusiva ao HealthNews, Patrícia Costa Reis, gastroenterologista pediátrica, investigadora e professora na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa – Hospital de Santa Maria -, esclarece os mecanismos e impactos da XLH (hipofosfatemia ligada ao cromossoma X). Esta doença genética rara provoca perdas de fósforo, originando raquitismo, deformidades ósseas, dor crónica e fadiga. A especialista destaca a importância do diagnóstico precoce, o papel crucial das equipas multidisciplinares e a mudança de paradigma no tratamento com a introdução de terapêuticas dirigidas.

Menos arsénio na água diminui mortes por cancro e doenças cardíacas

Um estudo recente publicado na revista científica JAMA revela que a diminuição dos níveis de arsénio na água potável está associada a uma redução significativa da mortalidade por doenças crónicas, incluindo cancro e doenças cardiovasculares. 

MAIS LIDAS

Share This
Verified by MonsterInsights