Estudo diz que mais de metade dois pais cancelou ou adiou a vacinação da meningite meningocócia devido à pandemia

23 de Abril 2021

Um estudo realizado em vários países do mundo mostra que 50% dos pais, cujos filhos tinham uma vacinação para a meningite meningocócia agendada, tiveram a marcação adiada ou cancelada devido à Covid-19.

O estudo, da autoria da consultora Ipsos para a GSK, dá uma visão de vários países sobre o impacto da pandemia na vacinação contra a meningite nos últimos 12 meses, com base em entrevistas a quase cinco mil pais de crianças, dos 11 aos 18 anos, dos Estados Unidos, e dos 0 aos 4 anos, do Reino Unido, Itália, França, Alemanha, Argentina, Brasil e Austrália.

Em comunicado a GSK releva que os resultados obtidos no estudo, realizado entre 19 de janeiro e 16 de fevereiro de 2021, apontam que as “recomendações para ficar em casa e as limitações de circulação foram as principais razões para o atraso ou cancelamento da vacinação contra a meningite durante a pandemia”.

O vice-presidente sénior e diretor médico da GSK Vacinas, Thomas Breuer, considera que “conhecer os sinais e sintomas da doença meningocócica e procurar aconselhamento sobre todas as opções de proteção, incluindo vacinação, pode ajudar a evitar surtos de meningite, especialmente preocupantes no contexto da pandemia atual.”

“Também pode fornecer mais garantias quando as restrições forem suspensas e as crianças retomarem o contacto próximo com outras pessoas em ambientes fechados, como creches, escolas ou encontros de família”, acrescenta.

Os principais motivos apontados por 50% dos pais que participaram no estudo, que atrasaram ou cancelaram agendamentos, foram os regulamentos de cada país que obrigaram ao confinamento e à permanência em casa (63%), preocupações de ser contagiado com Covid-19 em locais públicos (33%) e a necessidade atual de cuidar de alguém que contraiu Covid-19, como um membro da família ou os próprios (20%).

Apesar de metade dos pais ter revelado atrasos na toma da vacina contra a meningite meningocócia, cerca de 77% admitiu querer reagendar a vacinação dos seus filhos contra a meningite.

“Embora a pandemia continue a ter um impacto nas nossas comunidades e sistemas de saúde, as autoridades, incluindo a Direção-Geral da Saúde, recomendam que as vacinas de rotina continuem a ser administradas. Agora que todas as medidas de segurança estão implementadas nos locais de vacinação, é hora de todos nós começarmos a pensar sobre as vacinas relevantes e recomendadas que os nossos familiares possam ter esquecido ou adiado e que é tempo de retomar”, considera Eduardo de Gomensoro, Diretor Médico de Vacinas da GSK Portugal.

O Dia Mundial da Meninigite assinala-se este sábado.

PR/HN/Vaishaly Camões

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