De acordo com os dados ontem divulgados, que analisam a situação até 14 de abril, 32 dessas pessoas morreram.
A taxa de incidência é, portanto, de 7,9 casos de coágulos por milhão de doses e os dados sugerem uma taxa maior em adultos mais jovens, referiu o regulador, sublinhando que estes elementos devem ser levados em consideração no uso dessa vacina.
O comité científico que supervisiona a campanha de vacinação britânica recomendou, no início de abril, limitar, sempre que possível, o uso da vacina da AstraZeneca a pessoas com mais de 30 anos.
O receio provocado pela deteção de casos raros de coágulos sanguíneos em pessoas a que foi administrada esta vacina levaram vários países europeus a limitar o fármaco desenvolvido pela Universidade de Oxford e pelo laboratório anglo-sueco às faixas mais velhas da população.
Os casos de coágulos no Reino Unido afetaram 93 mulheres e 75 homens com idades entre os 18 e os 93 anos, um dos quais após ter recebido a segunda dose da vacina.
Este aumento do número de casos “era esperado”, disse o professor da Universidade de Bristol Adam Finn, citado pela organização Science Media Centre.
Salientando que tanto o público como as equipas de enfermagem já estão conscientes dessa síndrome, Adam Finn referiu que “os casos são assinalados de forma fiável e rápida” e que alguns “que aconteceram anteriormente já foram reconhecidos e igualmente assinalados”.
O especialista sublinhou, no entanto, que os coágulos “vão continuar a ser um evento muito raro”.
Com o maior número de mortos na Europa – mais de 127.000 pessoas – o Reino Unido desenvolveu uma campanha de vacinação em massa, estando atualmente a usar as vacinas da AstraZeneca, da Pfizer/BioNTech e da Moderna.
A pandemia de Covid-19 provocou, pelo menos, 3.060.859 mortos no mundo, resultantes de mais de 143,8 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
LUSA/HN
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