Numa conferência de imprensa, o chefe de Estado mexicano foi questionado sobre o recente alerta para viajantes emitido pelos EUA, que desaconselhava deslocações ao território mexicano devido aos níveis de criminalidade em algumas regiões e à expansão da pandemia de Covid-19.
“Há um clima muito bom nas relações com os Estados Unidos”, respondeu López Obrador, indicando que na próxima semana irá falar com a vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, para abordar questões relacionadas com o fenómeno migratório.
Em março, e perante o número recorde de chegadas de imigrantes irregulares, sobretudo menores, à fronteira dos EUA com o México, o Presidente norte-americano, Joe Biden, encarregou a gestão deste difícil e sensível dossiê a Kamala Harris.
Na mesma resposta, o chefe de Estado mexicano avançou: “A abertura das fronteiras vai acontecer em breve, completa”.
López Obrador indicou ainda que do “lado norte-americano” também existe “a exigência de uma normalização das relações e de intercâmbios plenos”.
“[A situação] não irá prolongar-se por muito mais tempo. Vamos chegar a um acordo em breve”, concluiu o Presidente mexicano.
Em 21 de março de 2020, no início da crise pandémica, o México e os EUA encerraram as suas fronteiras para as deslocações não essenciais, ou seja, para viagens para fins turísticos e recreativos.
Este ano, em 18 de março, já em plena nova vaga migratória, o México anunciou que ia restringir o tráfego terrestre também na fronteira sul, alegando que pretendia travar a disseminação do novo coronavírus.
No dia 20 de abril, a administração Biden prorrogou, até 21 de maio, as restrições aplicadas às viagens não essenciais nas fronteiras com o México e com o Canadá, no âmbito do plano nacional para lutar contra a pandemia.
A fronteira entre o México e os EUA, que se estende por mais de três mil quilómetros, é uma das mais movimentadas do mundo, com o registo de um tráfego diário superior a um milhão de pessoas e de trocas de bens e serviços avaliadas por dia na ordem dos 1,7 mil milhões de dólares (1,4 mil milhões de euros).
LUSA/HN
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