“Normalmente, os produtores adicionam sempre uma quantidade extra em cada frasco e isso permite vacinar mais pessoas”, disse à Lusa Arvind Mathur.
Ainda que cada frasco esteja previsto para cerca de 10 doses da vacina, Mathur disse que neste caso cada unidade tinha 6,2 mililitros, o que permite dar até 12 doses e assim ampliar ligeiramente o número de pessoas que recebeu a primeira dose.
“O produtor coloca sempre mais quantidade exatamente para o caso de haver perdas e isso é assim para todas as vacinas, não apenas para as vacinas da covid-19”, referiu.
Dados atualizados do Ministério da Saúde mostram que os primeiros 2.400 frascos enviados para Timor-Leste no início de abril permitiram dar a primeira dose a um total de 28.331 pessoas, das quais 15.752 em Díli.
Cerca de 2.000 vacinas foram administradas em Baucau, 1.500 no enclave de Oecusse-Ambeno e 1.200 em Bobonaro, com as vacinas a chegarem a todos os municípios.
Tendo em conta a população estimada timorense, cerca de 1,4 milhões de pessoas, a taxa de cobertura da população com a primeira dose é de cerca de 2%.
Arvind Mathur disse que o segundo carregamento de vacinas do mecanismo multilateral Covax – cerca de 3.780 frascos, “deverá chegar na terceira semana de maio”, sendo primeiro administrada a segunda dose a quem já foi vacinado e, com o remanescente, idosos e pessoas com comorbidade.
Se a mesma média de utilização (11,8 doses por frasco) se mantiver, isso implica que esse carregamento permitirá não só dar a segunda dose aos já inoculados, mas também dar a primeira dose a mais de 16 mil outras pessoas.
Um terceiro carregamento do mecanismo Covax é esperado em junho.
Já no caso de um primeiro lote de 10 mil doses que a Austrália envia para Timor-Leste na quarta-feira, Arvind Mathur explicou que se destinam a pessoas que vão receber a primeira dose.
LUSA/HN
0 Comments