“No que diz respeito à consulta externa, as especialidades mais afetadas pela deslocação dos profissionais médicos para assistência covid foram a pneumologia e a medicina interna, estando neste momento a realizar as consultas em atraso não só de forma presencial, como também através de contacto telefónico com os utentes”, refere a ULS da Guarda numa resposta escrita enviada à agência Lusa.
Quanto à área cirúrgica, a fonte adianta que foi possível “recuperar atividade em regime ambulatório, a qual não foi completamente suspensa no início do ano, pois houve recurso ao Bloco Operatório do Hospital Nossa Senhora da Assunção HNSA [em Seia] e foram realizadas algumas cirurgias, ainda que em número reduzido, no Hospital Sousa Martins”.
“Em regime de internamento, uma vez que o internamento covid ocupou as duas maiores enfermarias deste tipo de especialidades (cirurgia e ortopedia), ainda não foi possível proceder ao agendamento de um grande número de doentes por falta de camas”, acrescenta.
Segundo a ULS, “com o regresso às instalações originais por parte do serviço de cirurgia, que ocorreu no passado fim de semana, serão libertadas camas para o serviço de ortopedia”.
A fonte admite “que a partir da segunda quinzena do corrente mês” possa “iniciar a recuperação da atividade não realizada”.
“De salientar que para cada um destes regimes dispomos de um bloco operatório distinto, o que não ocorre atualmente, uma vez que o Bloco Operatório Central dedicado à cirurgia de internamento foi ocupado pela área covid”, remata.
No que concerne à ccvid-19, a ULS da Guarda tem hoje internados 11 doentes, nove em enfermaria (o mais velho com 84 anos e o mais novo com 40 anos) e dois em Unidade de Cuidados Intensivos (com 68 e 56 anos).
De acordo com os dados, entre 01 de janeiro e 10 de maio de 2021, a média de dias de internamento de doentes falecidos foi de oito dias na enfermaria e de dois dias na Unidade de Cuidados Intensivos e as idades mais afetadas foram 90, 88, 91 e 86 anos e 66, 75, 81 e 83 anos, respetivamente.
No mesmo período, a ULS registou o maior número de doentes internados em enfermaria no dia 06 de fevereiro (105) e na Unidade de Cuidados Intensivos de 05 a 08 de fevereiro e no dia 11 do mesmo mês (16).
Nos dias 11, 22 e 27 de janeiro e 01 de fevereiro a mesma unidade de saúde registou o maior número de falecidos em enfermaria (5) e nos dias 24 de janeiro e 15 de fevereiro em Cuidados Intensivos (2).
A ULS da Guarda abrange 13 concelhos do distrito da Guarda, exceto o de Aguiar da Beira, que pertence ao Agrupamento de Centros de Saúde do Dão – Lafões.
A pandemia de Covid-19 provocou, pelo menos, 3.381.042 mortos no mundo, resultantes de mais de 162,9 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 17.009 pessoas dos 842.381 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
LUSA/HN
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