Nas últimas semanas, as autoridades britânicas tinham expressado preocupação em relação ao aumento de casos desta variante no Reino Unido, o que podia comprometer o plano de desconfinamento.
Segundo os últimos dados, mais de 2.800 casos de covid-19 da variante detetada na Índia foram registados na Inglaterra.
O Governo britânico afirmou que a variante indiana parece ser mais transmissível, mas existiam ainda incertezas sobre a gravidade.
A diretora executiva da Agência de Segurança Sanitária do Reino Unido, Jenny Harries, disse hoje que as autoridades inglesas estão no caminho de prosseguir com a fase final do plano de desconfinamento a partir de 21 de junho, caso a população continue cautelosa.
“As pessoas devem continuar a manter todos as regras de segurança”, disse Jenny Harries ao canal de televisão BBC, alertando que esta variante está a tornar-se dominante em alguns locais do norte da Inglaterra e a população desta zona tem de estar vigilante.
Também o secretário da Saúde, Matt Hancook, disse estar “cada vez mais confiante” de que a Inglaterra vai poder seguir os seus planos de desconfinamento.
As declarações destes dois responsáveis surgem após uma investigação da Public Health England (PHE) que descobriu que duas doses da vacina da Pfizer ou AstraZeneca oferecem “altos níveis de proteção” contra doenças assintomáticas da variante detetada na Índia.
De acordo com o estudo, realizado entre 05 de abril e 16 de maio, a fórmula da Pfizer foi 88% eficaz contra a doença sintomática causada pela mutação detetada na Índia duas semanas após a segunda dose, contra 93% de eficácia relativamente à descoberta em Inglaterra.
Os especialistas descobriram que, no caso da AstraZeneca/Universidade de Oxford, a vacina foi 60% eficaz contra a variante detetada na Índia, em comparação com 66% da variante descoberta no Reino Unido (variante de Kent).
LUSA/HN
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