Os corpos não reclamados foram sepultados coletivamente, após, pelo menos, duas semanas nas morgues dos hospitais públicos da província de Maputo, explicou Dominga Romão, diretora adjunta do Serviço Municipal de Gestão de Morgues e Cemitérios, citada hoje pelo canal de televisão privado STV.
“Depois dos 15 dias, dependendo da capacidade da morgue, se temos muitos corpos, temos de os recolher” para enterros coletivos, declarou Dominga Romão.
Desde o início do ano, pelo menos 950 corpos foram abandonados e o facto é associado, por um lado, ao “medo” que as pessoas estão a desenvolver face ao risco de contágio pela Covid-19 e, por outro, a falta de condições para custear as despesas fúnebres.
“Nós até temos uma agência funerária e tentamos ajudar algumas famílias. Mas é necessário, primeiro, que a família faça um documento a nível do bairro pedindo apoio”, acrescentou.
Dos 950 corpos que foram abandonados neste ano, a maior parte estava no Hospital Central de Maputo e no Hospital Geral de José Macamo, duas unidades tidas como referência na província de Maputo.
LUSA/HN
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