Em declarações à agência Lusa, o presidente da ANTRAL – Associação Nacional dos Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros disse que o reforço da testagem para o setor é “muito bem-vindo”, uma vez que “esta é uma profissão de alto risco”.
“A informação que temos é de que a testagem se realiza a partir de hoje entre as 09:00 e as 18:30 no Parque das Nações. Penso que isto peca por tardio. Somos uma profissão de alto risco e acho que devíamos estar englobados como outras profissões que foram já vacinadas e que têm testes gratuitos”, referiu Florêncio Almeida.
Na terça-feira, o coordenador da ‘task-force’ criada pelo Governo para a promoção do plano de testagem no âmbito da pandemia de Covid-19 explicou que seria desenvolvido, a partir de hoje, “um programa de sensibilização e de testagem” junto dos prestadores dos serviços de entregas, táxis e transporte em veículos descaracterizados a partir de plataformas eletrónicas (TVDE).
O presidente da ANTRAL sublinhou que a vacinação dos taxistas está a decorrer “dentro dos moldes” da vacinação de todos os cidadãos: “Não temos qualquer privilégio nesse sentido, embora a gente entenda que não deveria ser assim. Pedimos à ministra da Saúde e à DGS [Direção-Geral da Saúde] que isso acontecesse, mas nem sequer resposta nos deram”, lamentou.
No que diz respeito ao estado do setor no âmbito do atual desconfinamento, Florêncio Almeida diz que melhorou, mas continua muito difícil.
“Melhorou muito pouco. O turismo não existe e enquanto o turismo não começar a aparecer em força vamos continuar a sentir as dificuldades. As plataformas [TVDE] irão retirar uma parte substancial do mercado. A indústria está a passar por momentos difíceis. Muitos industriais suspenderam a atividade durante um ano. Vamos continuar a sentir dificuldades se não forem tomadas decisões que alarguem o mercado do táxi”, salientou.
A pandemia de Covid-19 provocou pelo menos 3.500.321 mortos no mundo, resultantes de mais de 168,3 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 17.022 pessoas dos 847.006 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
LUSA/HN
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