Bastonário da Ordem dos Médicos diz que resposta às listas de espera exige investimento e vontade política

31 de Maio 2021

A resposta às listas de espera de doentes que ficaram sem consultas ou viram cirurgias adiadas devido à pandemia de Covid-19 exige estratégia, investimento público e vontade política, disse esta segunda-feira o bastonário da Ordem dos Médicos.

“Temos a angústia adicional de não conseguirmos identificar todos os que ficaram para trás, sem rosto, sem nome, sem diagnóstico, sem tratamento. E de sabermos que a resposta exige estratégia, investimento público e vontade política”, afirmou Miguel Guimarães.

Intervindo na sessão inaugural do 23.º Congresso Nacional da Ordem dos Médicos, que decorre até quinta-feira, em Coimbra, o bastonário frisou que além da pandemia de covid-19 “outros doentes com outros problemas acumulam-se em consultas e cirurgias por fazer, em listas de espera”.

Na sessão, que decorreu na antiga igreja do Convento de São Francisco, Miguel Guimarães garantiu que a Ordem dos Médicos não descansará até ver “todos os médicos vacinados contra a Covid-19”.

O bastonário disse ainda que o congresso, ao qual preside, simboliza uma “homenagem aos médicos e a todos os que perderam a vida durante a pandemia”, para os quais pediu um minuto de silêncio.

Dirigindo-se aos médicos e em particular aos que estiveram na “linha da frente” do combate à pandemia, “no meio de uma guerra, sem armas e sem generais”, Miguel Guimarães frisou que os clínicos “foram os líderes que devolveram a esperança e a confiança na saúde”.

No seu discurso, o bastonário disse ainda que a Ordem dos Médicos vai lançar “muito em breve” um inquérito “a todos os médicos” para saber as condições em que trabalham.

Com o tema “A Ciência em Tempo de Pandemia”, o 23.º Congresso Nacional da Ordem dos Médicos reúne, até quinta-feira, em Coimbra, cerca de 1.800 congressistas e mais de 200 oradores em 61 sessões de trabalho.

LUSA/HN

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

A má comunicação pode ser agressiva ao cidadão?

Cristina Vaz de Almeida: Presidente da Sociedade Portuguesa de Literacia em Saúde; Doutora em Ciências da Comunicação — Literacia em Saúde. Presidente da Sociedade Portuguesa de Literacia em Saúde. Diretora da pós-graduação em Literacia em Saúde. Membro do Standard Committee IHLA — International Health Literacy Association.

Crise de natalidade no Japão atinge o seu pico

O Japão registou, em 2024, a taxa de natalidade mais baixa de sempre, segundo estimativas governamentais e, no momento em que a geração “baby boom” faz 75 anos, o país confronta-se com o “Problema 2025”, segundo especialistas.

Cientistas detectam genótipos cancerígenos de HPV em esgotos urbanos

Cientistas uruguaios identificaram genótipos de HPV ligados ao cancro do colo do útero em águas residuais urbanas, sugerindo que a monitorização ambiental pode reforçar a vigilância e prevenção da doença em países com poucos dados epidemiológicos.

MAIS LIDAS

Share This
Verified by MonsterInsights