Antes de pensar em alargar a vacinação a adolescentes, os países devem “considerar cuidadosamente a situação epidemiológica e do processo de vacinação em grupos etários mais velhos”, defende o CEDC num relatório publicado hoje, salientando que é expectável uma “relação risco-benefício individual” reduzida em adolescentes.
“O benefício para a população em geral da vacinação de adolescentes será proporcional à transmissão do [coronavírus] SARS-CoV-2 dentro e a partir deste grupo etário”, indica o CEDC.
O organismo europeu salienta que falta saber muita coisa sobre a relação dos grupos etários mais jovens com a Covid-19 e com o SARS-CoV-2, começando pela “eficácia da vacina contra a transmissão em adolescentes e jovens adultos”, sobre a qual “não existem dados”.
Além disso, “há informação muito escassa sobre a segurança pós-colocação no mercado das vacinas contra a Covid-19” e sobre a circulação de variantes naquelas idades.
Para os adolescentes que contraem a Covid-19, sabe-se pouco sobre as manifestações de longa duração da doença, o que torna difícil “quantificar o impacto real” nos adolescentes.
Por tudo isto, o CEDC recomenda que a vacinação de adolescentes seja avaliada “no contexto mais alargado da estratégia de vacinação contra a Covid-19 para toda a população”, frisando que os benefícios de abranger este grupo etário dependerão da incidência das infeções.
Caso se opte por alargar a vacinação aos mais jovens, a prioridade deverá ser “os que estão em maior risco de formas graves de Covid-19”, defende o CEDC
O organismo europeu considera que é importante continuar a vigiar a disseminação das variantes mais preocupantes entre os mais jovens.
É também preciso ter em conta a disponibilidade de vacina e as dificuldades no acesso a elas quando se debater a expansão da vacinação contra a Covid-19 a outros grupos.
LUSA/HN
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