“Essencialmente, o que vou querer é melhorar a saúde do meu concelho e a vida das pessoas, porque infelizmente a Câmara, no confinamento, foram todos para casa e ninguém se prontificou a ver os idosos, as pessoas que moram longe e são carenciadas e que nem sequer têm transporte para ir ao centro de saúde”, disse Carlos Alberto Miguel.
Enfermeiro há 23 anos, o candidato já tem experiência política na JSD, onde começou, mas deixou o PSD, porque entendeu que “o país não pode estar com sucessivos governos PSD e PS”.
“Agora, decidi avançar pelo Chega, porque neste momento o Sátão é uma aldeia grande, perdeu tudo. Infelizmente, a Câmara é a maior, ou uma das maiores, empregadoras, mas sempre com fatos à medida, com fatos feitos para pessoal que está a acabar o curso”, apontou o candidato, de 46 anos.
Carlos Alberto Miguel, casado e pais de dois filhos, quer “um futuro diferente” para o concelho que o viu crescer e, por isso, juntamente com a equipa que disse estar a formar, vai tentar “terminar com o feudalismo que se vive na vila”.
“Eu tenho filhos, quero o melhor futuro para a juventude e, infelizmente, a juventude não se fixa no concelho, porque não há emprego, não há desenvolvimento, não há nada. O Sátão é um marasmo, era uma vila com vida e, neste momento, não tem vida”, considerou.
Neste sentido, disse que “não é possível que, em pleno agosto, fechem as piscinas”, assim “como o ginásio”.
Aliás, acrescentou, “com a pandemia fechou tudo no Sátão, o centro de saúde, as finanças, nada funciona, parece uma anarquia total”.
“Assim não pode ser. Continuo e mantenho uma visão global das necessidades da vila e é por isso que estou a lutar, porque temos de melhorar, essencialmente a saúde, a vida das pessoas e voltar a dar vida à vila”, defendeu.
Carlos Alberto Miguel reconheceu que “é muito difícil ganhar uma Câmara onde o PSD impera há 30 anos”.
Ainda assim, deixou o desejo de “chegar, pelo menos, a vereador”, para contribuir para “as mudanças necessárias” no concelho.
Carlos Alberto Miguel é enfermeiro no Centro Hospitalar Tondela-Viseu (CHTV) e é empresário no Sátão, onde tem um supermercado.
Para já, é o único candidato conhecido à Câmara de Sátão para as eleições autárquicas deste ano, previstas por lei acontecerem no último trimestre. O atual presidente, eleito pelo PSD, Paulo Santos, já assumiu que não se recandidata.
Nas últimas eleições, o PSD elegeu quatro lugares, enquanto o PNT, grupo de cidadãos independentes, conseguiu os restantes três vereadores.
As eleições realizam-se, por lei, em setembro ou outubro.
LUSA/HN
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