Brasil tem 95.601 novos casos e ultrapassa 16,7 milhões de infeções

3 de Junho 2021

O Brasil ultrapassou esta quinta-feira os 16,7 milhões de casos de Covid-19 (16.720.081), após ter somado 95.601 infeções nas últimas 24 horas, o segundo maior número de sempre no país, informou esta quarta-feira o executivo.

Este é o maior número diário de novas infeções pelo novo coronavírus desde 25 de março último, quando foram contabilizados 100.736 casos da doença no Brasil num só dia. É também o segundo dia com mais diagnósticos desde o início da pandemia, registada oficialmente no Brasil em fevereiro de 2020.

O Brasil tem contabilizado um aumento de novos casos nas últimas semanas, com especialistas a preverem uma terceira vaga da pandemia em breve, mesmo sem a segunda ter chegado efetivamente ao fim.

Em relação ao número de mortes, a tutela da Saúde indicou que a nação sul-americana somou 2.507 óbitos nas últimas 24 horas, num total de 467.706 vítimas mortais.

De acordo com o Ministério da Saúde, a média móvel de mortes no país é de 1.897, incluindo as de ontem, e está abaixo de 2.000 há três semanas seguidas.

Em números absolutos, Brasil é o segundo país com mais mortes em todo o mundo, atrás dos Estados Unidos, e o terceiro com mais infeções pelo novo coronavírus, antecedido pelos norte-americano e pela índia.

A taxa de incidência da doença no Brasil é agora de 223 mortes e 7.956 casos por 100 mil habitantes e a taxa de letalidade é de 2,8%.

Todas as 27 unidades federativas do país têm mais de 1.000 mortes por milhão de habitantes.

São Paulo é o Estado mais afetado, concentrando 3.314.631 diagnósticos de infeção pelo Sars-CoV-2 e 112.927 vítimas mortais.

Na sessão de ontem da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado brasileiro, que investiga alegadas falhas do Governo no combate à pandemia, a infetologista Luana Araújo afirmou que “faltou planeamento, coordenação e compreensão da situação em que o país se encontrava e que continua”.

“Faltam equipas técnicas, faltam gestões profissionalizadas da saúde, faltam profissionais de saúde pública em todas as instâncias, temos um longo caminho a percorrer. O importante era que se recuperasse o tempo perdido e passasse a ter ações mais assertivas”, declarou a especialista no seu depoimento, que durou mais de sete horas.

Luana Araújo, que chegou a ser anunciada pelo atual ministro da Saúde brasileiro, Marcelo Queiroga, como secretária especial de resposta à Covid-19, mas que acabou afastada do cargo ao fim de 10 dias, disse esperar que o plano de testagem em massa da população seja levado a cabo pelo Governo.

A médica classificou ainda como uma estratégia “não inteligente” a tese de imunidade de rebanho, defendida pelo Governo de Jair Bolsonaro, e disse que a vacina “induz uma resposta ao mesmo tempo muito mais sólida do que infeção natural e num período de tempo mais curto”.

O Brasil vê o seu Plano Nacional de Imunização avançar lentamente, devido à falta de vacinas, num momento em que pouco mais de 20% dos brasileiros receberam a primeira dose de alguma das fórmulas utilizadas no país.

A pandemia de Covid-19 provocou, pelo menos, 3.681.985 mortos no mundo, resultantes de mais de 171 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

LUSA/HN

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