“Os meses de verão representam uma oportunidade de ouro para os governos adotarem medidas que contribuam para fazer baixar as taxas de infeção e evitar o fecho das escolas”, defendeu o diretor da instituição para a Europa, Hans Kluge.
Em comunicado conjunto com a UNESCO e a UNICEF, Hans Kluge considerou que o fecho das escolas tem “um efeito nefasto na educação e no bem-estar social e mental das crianças e dos jovens”.
Até agora, as despistagens em meio escolar podiam ser recomendadas no caso de um surto num estabelecimento, mas a OMS considera agora que podem ser recomendadas mesmo na ausência de sintomas entre os alunos, professores e restantes funcionários.
“Não podemos mais permitir que a pandemia prive as crianças da sua educação e do seu desenvolvimento”, sublinhou Kluge, que por diversas vezes apelou aos governos dos 53 territórios da região Europa da OMS para lutarem contra o abandono de alguns alunos, ligado ao ensino a distância.
Para as agências da ONU, o fecho das escolas não deve ser usado, senão em último recurso, ou seja, apenas se “houver uma explosão de casos ou se o contágio na comunidade não puder ser controlado com qualquer outra medida”.
A delegação europeia da OMS alertou na quinta-feira que os casos de Covid-19 começaram a aumentar na Europa após 10 semanas consecutivas de recuo, num contexto de ascensão da variante Delta, mais contagiosa.
“Haverá uma nova vaga na região europeia, salvo se nos mantivermos disciplinados”, afirmou Hans Kluge, segundo o qual a OMS Europa prevê que a variante Delta, inicialmente detetada na Índia, seja dominante até agosto.
As recomendações formuladas foram divulgadas no âmbito da terceira reunião de alto nível sobre escolaridade durante a pandemia.
LUSA/HN
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