“Todos nós ouvimos por parte do Governo e estamos todos nós mentalizados disso, que é absolutamente vital que os portugueses se vacinem e se os portugueses se vacinarem, recebem um certificado digital que lhes permite circular livremente, com os cuidados devidos, mas livremente”, começou por apontar.
Neste contexto, o líder social democrata disse não entender porque é que o primeiro-ministro, António Costa, “já vacinado há muito tempo, com as duas doses” está “em casa fechado por 14 dias” por ter tido um contacto com um infetado.
“A pergunta é: mas afinal, até onde vai a eficácia da vacina?”, questionou, em declarações aos jornalistas no parlamento.
O presidente do PSD considerou que a situação merece uma “explicação cabal” e “está a confundir os portugueses” e sustentou que o Governo “tem vindo a comunicar de uma forma desastrosa” e que “esta situação do primeiro-ministro fechado em S. Bento não se entende”.
“Não estou a dizer que está bem ou que está mal. (…) O que eu peço é que isto seja devidamente esclarecido para que todos os portugueses saibam exatamente o que é que os espera e como se devem comportar”, vincou.
Questionado sobre se as medidas tomadas em Conselho de Ministros relativas à pandemia são adequadas, Rio vincou o sei apoio ao Governo “em todas aquelas medidas restritivas que possam ser difíceis e impopulares mas necessárias ao país”, dizendo que tem que “acreditar que o Governo está a fazer é aquilo que é tecnicamente adequado”.
“Mas o Governo tem de comunicar de uma forma absolutamente linear para que toda a gente entenda”, insistiu.
A ministra de Estado e da Presidência escusou-se ontem a comentar a decisão da autoridade de saúde sobre o isolamento profilático do primeiro-ministro, reiterando que as vacinas são eficazes mas que todos sabem que não a 100%.
No final do Conselho de Ministros de quinta-feira, Mariana Vieira da Silva foi questionada pelos jornalistas sobre as declarações de quarta-feira do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que defendeu que as autoridades sanitárias devem explicar publicamente o motivo para ser imposto isolamento ao primeiro-ministro, apesar de vacinado e com certificado digital covid-19, por ter tido contacto com um infetado.
“As vacinas são eficazes. Todos sabemos desde a primeira hora que não são 100% eficazes e não me cabe a mim obviamente fazer um comentário de uma decisão em concreto de uma autoridade de saúde”, respondeu.
A ministra de Estado e da Presidência escusou-se a comentar “qualquer decisão de uma autoridade de saúde em função de nenhum caso concreto”.
O primeiro-ministro, António Costa, encontra-se desde quarta-feira a cumprir um período de confinamento profilático determinado pelas autoridades de saúde após ter estado em contacto com um membro do gabinete que testou positivo à Covid-19.
Numa nota hoje divulgada pelo gabinete do líder do executivo, refere-se que o “primeiro-ministro testou negativo, está sem quaisquer sintomas e mantêm-se em isolamento”.
“O primeiro-ministro mantém toda a atividade executiva à distância”, salienta-se.
LUSA/HN
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