“A grande maioria dos países africanos está excluída do mecanismo de exportação, porque são países vulneráveis e, por princípios de solidariedade, decidimos que não deveriam estar sujeitos às condições que são estabelecidas nesses acordos”, disse a porta-voz do executivo comunitário para o Comércio, Miriam Garcia Ferrer.
A porta-voz salientou, no entanto, que a África do Sul, por exemplo, está entre os dez principais importadores de vacinas, o que indica que “o sistema de exportação está a funcionar” neste caso.
Já no que diz respeito à iniciativa Covax Facility – que trabalha para a aquisição e posterior distribuição de vacinas contra Covid-19 para os países mais pobres – Garcia Ferrer reiterou que Bruxelas é “um contribuinte significativo”, sendo que “40% das entregas que foram feitas via Covax vêm da União Europeia”.
“Não somos nós que decidimos quem são os destinatários”, disse ainda.
A UE já contribui para a Covax com quase três mil milhões de euros.
Por outro lado, em maio, foi anunciado um financiamento de mil milhões de euros para aumentar a capacidade de produção de vacinas em África, nomeadamente as que usam as tecnologias do mRNA.
O enviado especial da União Africana para a aquisição de vacinas lamentou na quinta-feira que a Europa não venda vacinas a África, assinalando a grande diferença entre os dois continentes.
A pandemia de Covid-19 provocou pelo menos 3.957.862 mortos em todo o mundo, resultantes de mais de 182,5 milhões de casos de infeção, segundo o balanço mais recente feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 17.101 pessoas e foram confirmados 882.006 casos de infeção, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
LUSA/HN
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