O anúncio foi feito pelo presidente do CA da ULS da cidade mais alta do país, João Barranca, após ser conhecido o mapa de colocação de recém-especialistas que atribui sete vagas para recrutamentos de médicos para áreas hospitalares e três para Cuidados de Saúde Primários.
“O CA da ULS da Guarda tem trabalhado em articulação com a Administração Regional de Saúde do Centro, com a tutela e em parceria com a Ordem dos Médicos, para a resolução desta questão, procurando mitigar a carência de médicos em algumas especialidades. Temos atualmente sinalizados 15 médicos que demonstraram interesse e disponibilidade em vir trabalhar connosco”, disse hoje o responsável, numa conferência de imprensa sem direito a perguntas.
João Barranca acrescentou que a instituição irá proceder à contratação dos novos médicos “nas próximas semanas” através do regime jurídico que permite essa possibilidade.
Dos novos 15 médicos especificou que “dois são para anestesiologia, seis para medicina geral e familiar, um para pediatria, um para pneumologia, um para radiologia, um para reumatologia e dois para medicina interna”.
O anúncio de João Barranca foi feito após críticas que surgiram por parte da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos e do presidente da Câmara Municipal da Guarda, o social-democrata Carlos Chaves Monteiro, e depois de ter emitido um comunicado onde esclarece que ficou “surpreendido com o número de vagas que foi atribuído” à instituição.
A ULS garantia na nota que estava “a envidar todos os esforços junto das entidades competentes no sentido de mitigar os efeitos” da decisão da tutela “pouco equitativa para a área de abrangência” da instituição.
Hoje, João Barranca referiu que para além da conjugação de esforços entre a ULS e o Ministério da Saúde para a contratação efetiva de médicos para os quadros da instituição “existem áreas com carências já amplamente reportadas, nomeadamente a área da anestesiologia”.
“O CA, em conjunto com o serviço de anestesiologia identifica as necessidades mais prementes, no sentido de minimizar o problema. Já foram contratados seis médicos anestesistas em regime de prestação de serviços, para auxiliar o dia a dia do serviço”, lembrou.
As duas novas contratações, a realizar brevemente, vão “reforçar ainda mais a equipa de anestesiologia”, contudo, “o problema ainda não ficará resolvido” e o CA “continua a trabalhar conjuntamente com o serviço em causa, na tentativa de conseguir identificar mais recursos médicos”, acrescentou.
A ULS continua com outras áreas carenciadas, mas o presidente do CA garante que “está empenhado em garantir a contratação de mais médicos de outras especialidades”.
Além dos quadros médicos, este ano, a ULS contratou “cerca de 70 enfermeiros e cerca de 100 assistentes operacionais e técnicos “que foram imprescindíveis” na resposta dada à pandemia de Covid-19.
O dirigente disse, ainda, que a ULS/Guarda conseguiu fixar nos últimos oito anos “uma média de seis médicos por ano para os seus quadros”, sendo dois em 2014, nove em 2015, seis em 2016, dez em 2017, três em 2018, 11 em 2019 e oito em 2020.
LUSA/HN
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