Macau detetou vírus em oito amostras ambientais após desinfeção de locais

9 de Agosto 2021

As autoridades de Macau detetaram a presença do novo coronavírus em oito amostras ambientais recolhidas após a desinfeção dos locais onde estiveram as quatro pessoas infetadas com a variante Delta, que levaram à realização de testes em massa.

As amostras foram recolhidas em casa e “nos locais de trabalho e instalações usadas por cada doente”, incluindo em “supermercados, restaurantes e bibliotecas”, explicaram os Serviços de Saúde do território, em comunicado.

“Em 100 amostras recolhidas, 8 (oito) foram positivas para a covid-19”, informaram, precisando que a recolha foi feita “após realizar a limpeza e desinfeção dos locais” onde estiveram as pessoas infetadas.

Vestígios do vírus foram encontrados “no veículo profissional que era conduzido pelo doente do sexo masculino”, um trabalhador do setor da saúde, e “na lancheira que estava colocada num pequeno frigorífico do seu local de trabalho”, pode ler-se na nota.

Os locais foram “novamente limpos e desinfetados” e as pessoas que tiveram acesso a estes “foram submetidos a quarentena”, acrescentaram.

Os Serviços de Saúde informaram ainda que realizaram “novos testes”, para “certificar que as amostras ambientais são negativas”, antes de estes espaços serem reabertos.

Na passada terça-feira, quatro casos da variante Delta do novo coronavírus detetados numa família residente em Macau levaram o Governo a decretar o “estado de emergência imediata” e a realização de testes à Covid-19 para toda a população, com início na quarta-feira, durante três dias.

Os mais de 716 mil testes realizados na sequência da testagem em massa foram negativos.

Em conferência de imprensa sobre a situação da pandemia, os responsáveis informaram que, até às 16:00 de hoje (08:00 em Lisboa), havia 4.153 pessoas “que ainda não concluíram o teste”, por problemas de saúde ou outras dificuldades, e que conseguiram contactar “cerca de metade dos casos”.

Pelo menos 55 pessoas recusaram ser testadas, mesmo após o contacto dos serviços de saúde, alegando “que o teste não tinha qualquer utilidade” ou que “devia ser voluntário”

Nestes casos, a polícia do território vai acompanhá-las para realizarem o teste, e, em caso de nova recusa, poderão ser sujeitas a quarentena obrigatória, informaram.

Desde o início da pandemia, Macau diagnosticou 63 casos, dos quais 58 são importados e cinco relacionados com casos importados. Já tiveram alta 57 pessoas e não há registo de qualquer infeção entre os profissionais de saúde.

LUSA/HN

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