Os testes realizados pelo Instituto Pasteur, em Paris, detetaram a Neisseria meningitidis, uma das bactérias causadoras de meningite mais comuns e uma fonte potencial de epidemias em grande escala, anunciou a organização, que está a implementar no terreno uma resposta à situação.
Foi criado um comité de resposta em Banalia, onde se encontra a comunidade do surto, e em Kisangani, a capital de Tshopo, para acelerar os esforços no sentido de controlar o surto, adiantou a OMS.
Esta organização enviou ainda mais suprimentos médicos para em Banalia, além de recursos humanos, como peritos.
“A meningite é uma infeção grave e um grande desafio de saúde pública. Estamos a avançar rapidamente, mobilizando drogas e conhecimentos especializados, para apoiar o governo a controlar o surto o mais rapidamente possível”, afirmou a diretora regional da OMS para África, Matshidiso Moeti.
A meningite é transmitida através de gotículas de secreções respiratórias ou da garganta de pessoas infetadas. O contacto próximo e prolongado ou a coabitação próxima com uma pessoa infetada facilita a propagação da doença. Embora pessoas de todas as idades possam apanhar a doença, esta afeta principalmente bebés, crianças e jovens.
Em Banalia, vários pacientes encontram-se a receber tratamento em casa e outros em instalações de saúde.
“Estamos a reforçar a vigilância comunitária e a investigar rapidamente casos suspeitos em comunidades vizinhas para tratar doentes e conter infeções generalizadas”, disse Amédée Prosper Djiguimdé, responsável da OMS para a República Democrática do Congo.
Em 2016, mais de 1,6 milhões de pessoas, com idades entre os um e os 29 anos, foram vacinadas numa campanha de imunização em massa, em Tshopo, que faz parte da cintura africana de meningite, que se estende pelo continente desde o Senegal até à Etiópia, atravessando 26 países. A cintura de meningite africana é a mais vulnerável do mundo a surtos recorrentes.
No passado, ocorreram epidemias de meningite em várias províncias da República Democrática do Congo, como em 2009, quando um surto em Kisangani infetou 214 pessoas e causou 15 mortes, ou seja, oito por cento de casos fatais.
LUSA/HN
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