Mortalidade diminuiu em setembro face a 2020 mas aumentaram óbitos por Covid-19

15 de Outubro 2021

A mortalidade diminuiu em setembro face ao mês homólogo de 2020, mas o número de óbitos por Covid-19 aumentou, segundo dados preliminares divulgados esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Segundo as “Estatísticas Vitais” mensais do INE, no passado mês de setembro registaram-se 8.541 mortes, menos 453 óbitos (-5%) do que em setembro de 2020.

Quanto a mortes atribuídas à Covid-19, em setembro deste ano houve 222 casos, um aumento de 69 óbitos, quando comparado com o período homólogo.

Relativamente a agosto de 2021, houve em setembro menos 166 mortes por Covid-19 e menos 655 na mortalidade geral.

O INE aponta ainda que o total de óbitos registados de janeiro a setembro de 2021 superou os valores de 2019 e 2020.

“Apesar da redução da mortalidade observada a partir de março de 2021 comparativamente com os mesmos meses de 2020, esta não compensou o elevado número de óbitos registados em janeiro e fevereiro de 2021”, sublinha na publicação.

Refere ainda que as mortes registadas até setembro de 2021, que totalizaram 93.845, foram superiores superior às de 2020 em 4.541 óbitos

Comparando o número mensal de óbitos em 2021 com os meses homólogos de 2020, o INE constatou que janeiro foi o mês que registou o maior número de óbitos mensal desde o início da pandemia (19.671), a que corresponde um aumento de 65,8% (+7 809 óbitos) relativamente ao mesmo mês de 2020.

Do total de óbitos, 5.785 foram por Covid-19, representando 29,4% da mortalidade em janeiro e o máximo mensal de óbitos por Covid-19.

“A mortalidade reduziu-se em fevereiro, para 12.763 óbitos, continuando, contudo, a registar valores superiores aos do mês homólogo de 2020, mais 29,2% (+2 883 óbitos). Neste mês, o número de óbitos por covid-19 foi 3.594, o segundo mais elevado a seguir ao mês de janeiro”, refere o INE

Entre março e julho de 2021, o número de óbitos continuou a decrescer comparativamente com os meses homólogos 2020. Em agosto, o número de mortes foi 9.196, invertendo-se a tendência de redução por comparação com o período homólogo de 2020, tendo-se registado mais 233 óbitos (2,6%) que em agosto de 2020.

“O número de óbitos por covid-19 manteve a tendência de decréscimo, iniciada em fevereiro, entre março e maio, atingindo o menor valor, 49 óbitos por covid-19, em maio de 2021”, adiantam os dados.

Em junho foi registado um ligeiro aumento da mortalidade e, de forma mais acentuada, em julho e agosto, 76, 268 e 388 óbitos, respetivamente, representando, 0,9%, 3,0% e 4,2% do total de óbitos.

Quanto à natalidade, em agosto de 2021, registaram-se 6.963 nados-vivos, correspondendo a uma redução de 3,5% relativamente ao mesmo mês de 2020.

“Apesar da tendência de decréscimo da natalidade, verificada desde julho de 2020, agosto registou o menor decréscimo desde janeiro de 2021”, salienta o INE.

O saldo natural no passado mês de agosto foi de menos 2.213, superior ao do mês homólogo de 2020, que registou o valor de menos 1.731.

“Não obstante a recuperação nos nascimentos a partir de março de 2021, o número de nados-vivos foi sempre inferior ao verificado entre os meses de janeiro a agosto de 2019 e de 2020, representando, respetivamente, um total de menos 5 426 e menos 5.063 nados-vivos”, indica o INE.

As “Estatísticas Vitais” divulgam também dados sobre os casamentos realizados, afirmando que mantiveram a tendência de crescimento em agosto.

Em julho e agosto de 2021 celebraram-se, respetivamente, 4.218 e 4.566 casamentos, correspondendo a 2,1 e 1,8 vezes o número de casamentos realizados nos meses de julho e agosto de 2020, respetivamente mais 2.181 e mais 1.977.

De janeiro a agosto de 2021 foram celebrados mais 6.667 casamentos do que no período homólogo de 2020 e menos 4.483 do que no período homólogo de 2019.

O INE ressalva que os dados estatísticos relativos aos casamentos celebrados a partir de março de 2020 devem ser lidos no contexto de que “as medidas decorrentes da contenção da pandemia tiveram impactos na vida dos cidadãos, onde se inclui a mobilidade e o contacto social”.

LUSA/HN

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