António Costa falava no início de uma reunião com a JS, no Campo Grande, em Lisboa, sobre a o Orçamento do Estado para 2022 – uma sessão que se realizou depois de ter estado reunido com o Bloco de Esquerda e com o PCP, tendo em vista a obtenção de um acordo que viabilize a aprovação da proposta do Governo,
Perante os jovens socialistas, o secretário-geral do PS defendeu que a proposta orçamental do seu Governo tem como principais objetivos a recuperação económica pós-pandemia da Covid-19, a melhoria dos rendimentos através do aumento de salários, das pensões e das prestações sociais, o reforço dos serviços públicos, designadamente da saúde, mas também a existência de contas certas.
Numa primeira alusão às medidas de consolidação orçamental previstas para o próximo ano, António Costa defendeu que são precisamente essas políticas de redução do défice e da dívida “que permitem depois fazer aquilo que é necessário fazer”.
“Ter as contas certas é chave para manter as taxas de juro baixas, para preservar a confiança e a credibilidade internacional do país. Esse é um bem inestimável que em circunstância alguma nós podemos perder ou pôr em risco, porque isso significa mesmo sacrificar o nosso futuro”, declarou o líder do executivo.
Antes, numa alusão à questão da sustentabilidade do sistema público de Segurança Social, o primeiro-ministro advogou que “investimento brutal” que houve “no lay-off”, ou no aumento do subsídio de desemprego ao longo da crise da Covid-19, não teria sido possível “se o país não tivesse nos cinco anos anteriores construído uma Segurança Social mais robusta”.
“Uma Segurança Social que garanta à vossa geração que estará cá para pagar as pensões a que os jovens de hoje vão amanhã ter direito”, acrescentou, recebendo palmas da plateia.
António Costa referiu, ainda, que o debate político-económico era antes o de saber o que se faria com o excedente orçamental do país.
“Felizmente, tivemos o excedente orçamental logo em 2019, porque em 2020 tivemos o maior défice de sempre. Mas o país foi capaz de resistir à crise, mantendo a sua credibilidade internacional”, sustentou ainda.
LUSA/HN
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