Rússia regista novo máximo de contaminações em 24 horas

28 de Outubro 2021

A Rússia registou esta quinta-feira um novo máximo de contaminações de Covid-19, que reflete a força da nova vaga da pandemia que está a afetar o país, obrigando a autarquia de Moscovo a encerrar os serviços não essenciais.

De acordo com o balanço governamental, morreram mais 1.159 pessoas, vítimas de SARS CoV-2, registando-se 40.096 novas infeções nas últimas 24 horas.

Face ao agravamento da situação sanitária, a cidade de Moscovo ordenou o encerramento de todos os restaurantes, escolas, salões de beleza, lojas de vestuário, ginásios e outros serviços considerados “não essenciais”.

A medida vai manter-se em vigor, pelo menos, até ao próximo dia 07 de novembro.

Apenas os locais de venda de medicamentos, produtos alimentares e de primeira necessidade estão autorizados a manter-se em funcionamento, de acordo com as medidas anunciadas por Serguei Sobianine, presidente da autarquia de Moscovo, a cidade mais afetada pela pandemia de Covid-19.

De acordo com o relato da France-Presse, as ruas de Moscovo apresentavam-se “calmas” durante o início da manhã, mas, neste momento, verificam-se congestionamentos de trânsito e uma utilização elevada da rede de metropolitano por parte dos cidadãos da capital.

A nova vaga está relacionada, segundo os especialistas, com a variante delta do novo coronavírus, mais contagiosa, assim como a falta de cuidados no uso da máscara de proteção facial e de medidas de distanciamento social, nomeadamente nos transportes públicos e nos estabelecimentos comerciais.

Por outro lado, o agravamento da situação também se fica a dever aos baixos números da taxa de vacinação entre a população russa.

Na semana passada, o presidente Vladimir Putin decretou um período de férias – a nível nacional – entre os dias 30 de outubro e 07 de novembro como medida para contrariar a mobilidade, numa tentativa de travar a gravidade da situação sanitária.

Mesmo assim, não se trata de um confinamento obrigatório e muitas pessoas estão a aproveitar este período para se deslocarem para o estrangeiro ou para viajarem internamente.

O autarca de Sotchi, estação balnear no Mar Negro, espera a chegada de 100 mil visitantes.

Os portais das agências de viagens registam um aumento da venda de bilhetes de avião para a Turquia e para o Egito.

Na quarta-feira, o Kremlin expressou preocupação sobre as “consequências epidemiológicas”, mas afirmou que as viagens “não estão proibidas”.

Outro destino popular que deve registar um aumento do número de de turistas é a Crimeia, que não implementou as restrições de 30 de outubro a 07 de novembro.

São Petersburgo decidiu encerrar a maior parte dos locais públicos e proibiu os eventos culturais e desportivos.

LUSA/HN

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