AHRESP avisa que falta de mão-de-obra no setor pode ameaçar retoma

4 de Novembro 2021

A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) reclamou esta quinta-feira incentivos à contratação de profissionais e ao emprego no setor, alertando que a escassez de recursos humanos pode vir a ser “um travão à recuperação”.

“É fundamental que sejam criadas políticas de incentivo à contratação de profissionais e ao emprego nos nossos setores, para que a escassez de recursos humanos não constitua um travão à recuperação económica das nossas atividades”, refere a associação no seu boletim diário.

Lembrando que, ao longo dos últimos meses, tem vindo a alertar “de forma constante para a problemática da falta de trabalhadores no turismo”, a AHRESP salienta que o último inquérito ao setor revela que “32% das empresas de alojamento e 67% de restauração já sentiram necessidade de contratar novos colaboradores este ano”.

“Contudo, 78% das empresas de alojamento e 91% na restauração sentiram dificuldades no recrutamento”, realça.

Citando dados do Banco de Portugal, a associação nota que, no início da pandemia, o número de desencorajados (indivíduos sem emprego que, embora estivessem disponíveis para trabalhar, não procuraram ativamente emprego) aumentou em cerca de 150 mil, “um aumento sem precedentes em termos de magnitude e rapidez”.

“Nos meses seguintes observou-se uma reversão significativa deste aumento, que se completou no segundo trimestre de 2021”, recorda, apontando, contudo, o facto de no final do primeiro semestre de 2021 a composição dos desencorajados por escolaridade e idades revelar “algumas alterações face aos valores observados antes da pandemia”.

Entre elas alterações, a AHRESP destaca “o aumento da idade mediana e a maior percentagem de desencorajados com ensino superior”, assim como “um aumento da percentagem de novos desencorajados provenientes do comércio e do alojamento e restauração”.

Recorde-se que em 17 de outubro, em declarações à Lusa, o presidente do Vila Galé afirmava que o grupo continua a debater-se com a falta de recursos humanos.

Em declarações à Lusa, Jorge Rebelo de Almeida diz que este ano houve efetivamente mais dificuldades de recrutamento para funções operacionais nas unidades hoteleiras e que, assim sendo, no início de 2022 o grupo vai iniciar um plano de recrutamento que deverá incluir várias iniciativas desde o recrutamento de jovens à procura do primeiro emprego, programa de estágios curriculares e programas de intercâmbio Portugal-Brasil.

LUSA/HN

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