“Os estados envolvidos e os órgãos responsáveis pela execução devem estar totalmente preparados para implementar medidas, no âmbito da categoria ‘Emergência’”, informou numa nota o CPCB, devido à grave situação na capital indiana, que está envolvida, há vários dias, numa nuvem tóxica.
Hoje o índice médio de qualidade do ar (AQI) em Nova Deli foi de 471, quando o máximo é de 500, situando-se num patamar considerado “grave”, que afeta as pessoas saudáveis e aumenta os impactos negativos em quem tem doenças respiratórias, segundo a entidade governamental.
Na escala AQI, os valores acima dos 100 são considerados perigosos para as crianças, idosos e pessoas com problemas respiratórios ou cardíacos, enquanto acima dos 300, os feitos são considerados perigosos para população em geral.
A situação poderá agravar-se nos próximos dias, pois a queima de restolho (caules de cereais) em regiões vizinhas, que provoca grande parte da poluição, é agravada pelas condições climatéricas “muito desfavoráveis à dispersão de poluentes”.
Essas condições adversas, que vão durar pelo menos até 18 de novembro, compreendem uma descida da temperatura e da intensidade dos ventos.
Entre as medidas recomendadas pelo CPCB está o pedido aos empregadores e instituições públicas para que reduzam em 30% a utilização de viaturas por parte dos funcionários, com teletrabalho e partilha de transporte, e a limpeza das ruas com água ou o encerramento de fábricas altamente poluentes, como as de tijolos e gravilha.
Mas, na Índia, o problema da poluição atmosférica não se limita apenas a Nova Deli, uma vez que, de acordo com os dados mais recentes do CPCB, das 136 cidades indianas inquiridas 20 tinham níveis de AQI superiores a 400.
Um estudo da empresa suíça de tecnologia de qualidade do ar IQAir, divulgado este ano, revelou que na lista das 30 cidades mais poluídas do mundo 22 são indianas.
LUSA/HN
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