Iraque recebe 1,2 milhões de doses de vacina da Pfizer através da Covax

20 de Novembro 2021

O Iraque anunciou hoje ter recebido 1,2 milhões de doses da vacina da Pfizer contra o coronavírus SARS-CoV-2, como parte do programa de ajuda internacional Covax, num momento em que o país receia uma quarta vaga da epidemia.

No Iraque, a maioria da população continua cética em relação às vacinas, pelo que apenas cerca de sete milhões de pessoas, o que corresponde a 17% da população estimada de 40 milhões de iraquianos, foram inoculadas com uma ou duas doses, segundo os números mais recentes do Ministério da Saúde do país.

O sistema de saúde, fragilizado por anos de corrupção, conflitos e negligência, luta para fazer face à crescente epidemia.

Numa declaração emitida hoje, o Ministério da Saúde anunciou “a chegada de um novo carregamento de vacinas anticoagulantes da Pfizer, através do Programa Covax e da Unicef” (Fundo das Nações Unidas para a Infância), que inclui mais de 1,2 milhões de doses.

A iniciativa Covax é uma parceria público-privada entre a Organização Mundial de Saúde (OMS), a Vaccine Alliance (Gavi) e a Coalition for Epidemic Preparedness Innovations (Cepi) para ajudar os países mais pobres a ter acesso à vacina.

Na quinta-feira, durante uma entrevista à televisão estatal, o porta-voz do Ministério da Saúde, Saif al-Badr, alertou que “o Iraque ainda enfrenta o perigo da pandemia do coronavírus”.

“Estamos à espera de entrar numa quarta vaga, e que pode ser com uma nova variante”, acrescentou.

Mais de dois milhões de pessoas foram infetadas e 23.628 morreram no Iraque desde o início da pandemia, de acordo com números oficiais.

Contudo, o elevado nível de desconfiança em relação às instituições e a circulação de informações falsas têm incapacitado o Governo de mitigar o ceticismo geral em relação à vacina e às medidas de prevenção, apesar de ter havido um aumento do número de pessoas a recorrer aos centros de vacinação.

Dois incêndios em unidades dedicadas à covid-19 de um hospital em Bagdade, em abril (que fez mais de 80 mortos) e em Nassiriya, em julho (com 60 mortos), ilustraram a desordem do sistema hospitalar e alimentaram a raiva da população.

No dia a dia, medidas de prevenção como o uso de máscara e o distanciamento físico são muito pouco respeitados pelos iraquianos.

LUA/NR/HN

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

Maioria dos médicos já atingiu as 150 horas extras nas urgências

A Federação Nacional dos Médicos (Fnam) avançou esta sexta-feira que a esmagadora maioria dos médicos que faz urgência já atingiu as 150 horas extraordinárias obrigatórias, reclamando “respostas rápidas”, porque “já pouco falta para o verão” e as urgências continuam caóticas.

Ordem convida URIPSSA e URMA para debater situação dos enfermeiros das IPSS

A Secção Regional da Região Autónoma dos Açores da Ordem dos Enfermeiros (SRRAAOE) formalizou esta semana um convite no sentido de requerer uma reunião conjunta entre a Ordem dos Enfermeiros, a União Regional das Instituições Particulares de Solidariedade Social dos Açores e a União Regional das Misericórdias dos Açores.

SIM diz que protocolo negocial com tutela será assinado em maio

O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) anunciou esta sexta-feira que o protocolo para iniciar as negociações com o Governo será assinado em maio, esperando que ainda este ano se concretize um calendário de melhoria das condições de trabalho dos médicos.

Victor Ramos: SNS precisa de uma “equipa de pilotagem”

O Serviço Nacional de Saúde precisa de um órgão de coordenação técnica e estratégica que não se confunda com a equipa política, defende o anterior presidente da Fundação para a Saúde, Victor Ramos. Trata-se de uma equipa de pilotagem de um serviço extremamente complexo, “muito necessária para evitar os ziguezagues, sobretudo descontinuidades e perdas de memória”.

MAIS LIDAS

Share This
Verified by MonsterInsights