Reino Unido avalia restrições a mais países em conjunto com UE

26 de Novembro 2021

O ministro da Saúde britânico, Sajid Javid, afirmou esta sexta-feira estar a avaliar restrições a mais países devido à nova variante do coronavírus identificada na África do Sul em colaboração com a União Europeia (UE) para uma resposta comum.

O ministro foi ao parlamento para explicar as medidas anunciadas na véspera de colocar na “lista vermelha de viagens” seis países africanos (África do Sul, Botsuana, Lesoto, Suazilândia, Zimbábue e Namíbia) a partir do meio-dia.

Isto implica que os viajantes que chegarem ao Reino Unido terão de cumprir quarentena de 10 dias num hotel designado a um custo de 2.285 libras (2.700 euros), além de testes PCR (moleculares) nos dois e oito dias seguintes após a chegada.

“Continuamos a fazer avaliações, incluindo sobre países com fortes laços em termos de viagem com a África do Sul, e estamos a trabalhar com parceiros, incluindo com a África do Sul e com a UE, para uma resposta concertada”, disse Javid aos deputados.

A Itália e a Alemanha anunciaram a proibição da entrada nos seus territórios de viajantes daqueles seis países da África Austral, mais Moçambique.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou hoje que vai propor a suspensão de voos da África Austral com destino à UE.

Apesar de até agora terem sido apenas identificados um pequeno número de casos da nova variante B.1.1.529 na África do Sul, Botsuana, Israel e Hong Kong (de um viajante com origem na África do Sul) e nenhum no Reino Unido, o ministro admitiu ser “altamente provável que se tenha espalhado por outros países”.

“Uma das lições desta pandemia é que devemos agir rapidamente e o mais cedo possível”, vincou.

A partir do meio-dia de hoje, estão suspensos os voos diretos daqueles seis países africanos e os cidadãos estrangeiros que tenham estado ou passado naqueles países estão interditos de entrar no Reino Unido.

A quarentena em hotéis entra em vigor no domingo para britânicos e irlandeses.

Invocando o “aumento exponencial de casos na África do Sul”, o ministro disse recear que esta nova variante do coronavírus que provoca a doença covid-19 represente um risco substancial para a saúde pública, por ser potencialmente mais transmissível do que a variante Delta e resistente às atuais vacinas.

“A variante tem um número invulgar de mutações”, justificou Javid, indicando que a variante B.1.1.529 possui características das variantes Alpha, Beta e Delta.

O Reino Unido é o país com maior número de mortes de covid-19 na Europa, 144.433 desde o início da pandemia, contando com 80,4% da população vacinada com duas doses da vacina e 28,5% com uma terceira dose.

A Covid-19 provocou pelo menos 5.180.276 mortes em todo o mundo, entre mais de 259,46 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse (AFP).

A doença é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.

LUSA/HN

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