O apoio, divulgou a Fundação Gulbenkian em comunicado, destina-se à recuperação das organizações e incentivar a criação de “respostas mais adequadas à nova realidade social”.
A Gulbenkian cita dados disponibilizados pela Universidade Nova, de acordo com os quais as organizações sociais que prestam apoio a pessoas vulneráveis dizem que têm grandes dificuldades em dar a resposta necessária a um conjunto acrescido de problemas sociais que a pandemia de covid-19 intensificou.
Exemplos dessas dificuldades são a diminuição das prestações mensais, a quebra de donativos e de fundos públicos e privados, o aumento de custos, a necessidade de adaptação da atividade e a perda de colaboradores e voluntários.
De acordo com esses dados, problemas como a saúde mental (segundo 88% das organizações), a pobreza e os sem-abrigo (73%), a exclusão e desigualdades (61%) e a violência doméstica (36%) vão agravar-se nos próximos anos.
“A pandemia veio tornar mais vulneráveis aqueles que já eram os mais vulneráveis. A Fundação Calouste Gulbenkian não podia ignorar as dificuldades por que passam as organizações sociais que, todos os dias, estão no terreno a apoiar aqueles que mais sofrem e mais precisam”, disse, citada no comunicado, a presidente da Fundação Gulbenkian, Isabel Mota.
No documento precisa que a fundação concedeu apoios a cinco organizações com trabalho na área da saúde mental e a outras sete que apoiam públicos vulneráveis, como idosos, vítimas de violência, pessoas em situação de sem-abrigo, migrantes e refugiados e deficientes, em Portugal e nas comunidades arménias.
A Fundação garante, no documento, que em 2022 vai continuar a dar prioridade às organizações sociais “que desempenham um papel determinante na mitigação dos efeitos da pandemia na sociedade”.
Organizações como Alzheimer Portugal, Comunidade Vida e Paz, Serviço Jesuíta aos Refugiados, SOSE Women’s Issues (Arménia), Espaço T ou Manifestamente são algumas das que receberam apoio.
LUSA/HN
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