“Não é nenhum pedido, é uma ordem. Quem não trouxer o cartão [de vacinação] não entrará no serviço e será tido como vetor de transmissão [do novo coronavírus]”, disse Bernadino Rafael, durante a última parada de 2021, citado hoje pelo jornal Notícias.
Além de ser impedido de trabalhar, o polícia que não tiver sido vacinado poderá ser processado disciplinarmente, avançou o comandante-geral, referindo que a medida visa travar a propagação da doença em Moçambique.
Para Bernadino Rafael, o facto de o polícia manter contacto com muitos cidadãos eleva o risco de contaminação pela doença, numa altura em que o número de casos e óbitos tem estado a aumentar no país.
Moçambique tem um total acumulado de 2.019 óbitos e 192.453 casos, dos quais 157.184 recuperados.
De acordo com os últimos dados das autoridades de saúde moçambicanas, 8,9 milhões de pessoas foram imunizadas com pelo menos uma dose da vacina contra o novo coronavírus no país, das quais 6,4% estão completamente vacinadas.
O país espera vacinar 17 milhões de pessoas até final de 2022.
A Covid-19 provocou 5.428.240 mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse, divulgado na sexta-feira.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.
Uma nova variante, a Ómicron, considerada preocupante e muito contagiosa pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, a 24 de novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 110 países, sendo dominante em Portugal.
LUSA/HN
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