“Para todos os casos assintomáticos ou pouco sintomáticos, que não apresentem sinais respiratórios de excreção viral como tosse ou espirros, e caso disponham de uma vacinação completa, é possível uma derrogação ao isolamento”, indica a mensagem de alerta rápido sanitária (MARS) enviada no domingo e consultada pela agência Lusa.
A informação foi avançada na quarta-feira pela agência norte-americana Associated Press, numa altura em que muitos hospitais em França enfrentam falta de profissionais de saúde devido ao elevado número de casos de Covid-19.
Rémi Salomon, presidente da comissão médica que gere os 39 hospitais de Paris, disse na radio France Info que há dias em que “há menos 25% de pessoal médico”.
De acordo com a mensagem da tutela, passaram a estar autorizados a trabalhar todos os profissionais que testem positivo e sejam assintomáticos, desde que “cumpram escrupulosamente os gestos barreira” e não participem em qualquer momento coletivo sem máscara.
As autoridades sanitárias precisam ainda que estes profissionais se devem dedicar “prioritariamente” a atividades onde “não entrem em contacto com pacientes com fatores de risco”.
Estas novas diretivas foram dadas na mesma altura em que a França encurtou os períodos de isolamento para as pessoas que testem positivo de 10 para sete dias e até mesmo cinco, caso não haja sintomas e se faça um teste negativo.
Também na educação, a falta de professores devido aos casos de Covid-19 está a ter um forte impacto, havendo atualmente 7% de professores infetados. O Ministério da Educação vai hoje reunir-se de forma a encontrar soluções para manter o máximo de alunos possível nas escolas.
De forma a travar as contaminações na escola, o Governo anunciou hoje a distribuição gratuita de máscaras cirúrgicas em todos os estabelecimentos de ensino. Até agora, os professores em França tinham recebido apenas máscaras em tecido, embora os sindicatos peçam máscaras FFP2.
A França anunciou também hoje o fim da quarentena de 10 dias para todos os viajantes vindos da África do Sul, desde que as pessoas estejam completamente vacinadas. No entanto, os passageiros continuam a ter de apresentar um teste PCR ou antigénio negativo de menos de 48 horas para entrarem em França.
LUSA/HN
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