“Até hoje, 13 de janeiro, um total de 10,1 milhões de casos de covid-19 foi registado no continente, por isso alcançámos a importante marca dos 10 milhões de casos, e desse número 233 mil indivíduos infelizmente morreram”, disse John Nkengasong na sua conferência de imprensa semanal por videoconferência desde Adis Abeba, a sede do África CDC.
Dos 54 Estados-membros da União Africana, 46 estão a viver a quarta vaga, dos quais 28 atravessam uma quarta vaga muito severa, disse o responsável.
Oito países, incluindo a Guiné-Bissau, estão já a viver a quinta onda da pandemia e um total de 39 países, mais sete do que na semana passada, já registaram casos da variante Ómicron do novo coronavírus, acrescentou.
Entre 02 e 09 de janeiro, o continente africano registou 307 mil novos casos, a maioria dos quais (43%) na África austral, e 2.618 novas mortes, o que representa um aumento de 85% no número de novos casos relativamente à semana anterior.
Questionado sobre este aumento, John Nkengason explicou que era expectável, tendo em conta o aumento de novos casos nas últimas semanas, recordando que o número de óbitos normalmente acompanha o de novos casos com um atraso de duas semanas.
Na tendência a quatro semanas, o África CDC registou um aumento 11% no número de novos casos e um aumento de 33% no número de novas mortes.
“Começamos agora a ver o que previmos antes das festas: que após o período das festas iríamos ver um forte aumento de casos e é o que estamos a ver agora”, disse o diretor do África CDC.
John Nkengasong disse ainda que desde o início da pandemia foram realizados 91,1 milhões de testes, dos quais 1,5 milhões na última semana (mais 15% do que na semana anterior) e que a taxa de positividade cumulativa se mantém em 11%.
Relativamente às vacinas, o responsável disse que os países africanos receberam até agora 663 milhões de doses, das quais administraram 340 milhões, o que equivale a 60,4% do total.
No total, 10,1% da população do continente está completamente imunizada contra a Covid-19, acrescentou Nkengasong, que destacou os países que têm feito maiores progressos em termos de cobertura vacinal completa: Egito (22,3%) Marrocos (62,3%), África do Sul (27,3%), Argélia (2,4%) e Moçambique (23,8%).
LUSA/HN
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