Imprensa chinesa diz que surtos têm origem em bens importados

18 de Janeiro 2022

A imprensa estatal chinesa disse esta terça-feira que encomendas enviadas do exterior podem ter espalhado a variante Ómicron do novo coronavírus em Pequim e outras cidades.

Especialistas em saúde estrangeiros enfatizaram que o vírus se espalha sobretudo através de gotículas respiratórias, quando as pessoas infetadas respiram, falam, tossem e espirram.

No entanto, a China enfatizou repetidamente o perigo de infeção através de bens oriundos do exterior, apesar de apenas vestígios do vírus serem encontrados nesses produtos, e impulsionou os testes a alimentos congelados e outras encomendas.

O Global Times, jornal do Partido Comunista Chinês, disse que o Centro de Controlo de Doenças de Pequim descobriu que as pessoas recentemente infetadas tiveram contacto com embalagens oriundas do Canadá e dos Estados Unidos.

A China confinou partes do distrito de Haidian, em Pequim, após a deteção de três casos, poucas semanas antes da capital chinesa sediar os Jogos Olímpicos de Inverno.

Outra pessoa na cidade de Shenzhen (sul) que testou positivo para a variante Ómicron terá também manuseado pacotes enviados da América do Norte.

A China continua em alerta máximo para novos surtos antes dos Jogos Olímpicos de Inverno.

Cerca de 20 milhões de pessoas estão confinadas e foram pedidos testes em massa em bairros e cidades inteiras onde existem surtos.

Os organizadores dos Jogos Olímpicos de Inverno Pequim2022 anunciaram na segunda-feira que apenas espetadores “selecionados” terão acesso aos eventos, que abrem oficialmente em 04 de fevereiro.

A China evitou grandes surtos do coronavírus com um regime de bloqueios, testes em massa e restrições nas viagens, embora continue a combater surtos em várias cidades, incluindo no porto de Tianjin, a cerca de uma hora de Pequim.

As autoridades e imprensa oficial chinesas distorceram anteriormente comentários e estudos sobre a origem do novo coronavírus para sugerir que este começou no exterior e não em Wuhan, a cidade do centro da China onde foram diagnosticados os primeiros casos de Covid-19.

LUSA/HN

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