Presidente dos EUA admite falhas na estratégia de testes e “fadiga” da pandemia

20 de Janeiro 2022

O Presidente dos EUA, Joe Biden, admitiu esta quarta-feira que a administração deveria ter feito mais testes para detetar a Covid-19 meses atrás e que isso tem contribuído para a "fadiga" da pandemia, principalmente após a chegada da variante Ómicron.

“Embora tenhamos feito muitos progressos, sei que há muita frustração e fadiga”, disse Biden, que falava numa conferência de imprensa para assinalar o primeiro ano do seu mandato, que se completa hoje.

“Deveríamos ter feito mais testes antes? Sim. Mas estamos a fazer mais agora. Passámos de zero testes (de antigénio) para fazer em casa, há um ano, para 375 milhões de testes no mercado só este mês”, acrescentou.

O Presidente reconheceu que a chegada da variante Ómicron, que definiu como um “inimigo”, num momento em que a pandemia parecia estar a diminuir, “tem sido muito” difícil para muitos americanos suportarem, mas ressaltou que esse fenómeno não deve causar “pânico”.

“(A luta contra a pandemia) é um trabalho que ainda não acabou. Vamos melhorar. Estamos a caminhar para um momento em que a Covid-19 não vai atrapalhar o nosso dia a dia, em que a Covid-19 não será uma crise”, prometeu.

Biden acrescentou confiar que as vacinas e os testes continuam a “salvar vidas” e a “manter empresas e escolas abertas” e insistiu que 95% das escolas do país permaneçam abertas apesar dos problemas causados ​​pela variante Ómicron.

As autoridades de saúde dos EUA foram alvo de fortes críticas nas últimas semanas devido às recomendações considerada confusas sobre os dias de isolamento e o uso de máscara face à variante Ómicron.

A Casa Branca tentou corrigir a sua resposta nos últimos dias, anunciando que os norte-americanos podem solicitar no máximo quatro testes de antigénio gratuitos por domicílio, e que também terão acesso gratuito a um total de 400 milhões de máscaras do modelo N95 em vários locais em todo o país.

Em Portugal, desde março de 2020, morreram 19.413 pessoas e foram contabilizados 2.003.169 casos de infeção, segundo a última atualização da Direção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.

Uma nova variante, a Ómicron, classificada como preocupante e muito contagiosa pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral e, desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta em novembro, tornou-se dominante em vários países, incluindo em Portugal.

LUSA/HN

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