PAN ao lado dos médicos e lamenta rejeição de propostas para votação

21 de Janeiro 2022

A porta-voz do PAN, Inês Sousa Real, admitiu esta sexta-feira compreender os médicos de saúde pública por recomendarem escusa de responsabilidade civil e lamentou a rejeição de propostas do partido que permitiam a votação de pessoas em isolamento.

“Compreendemos esta tomada de posição”, já que “não faz sentido, num dia, recomendarmos que devemos evitar os contágios, mas, depois, para outros contextos, já se permitir”, afirmou Inês Sousa Real, em declarações aos jornalistas.

Em Portimão, no Algarve, no final de uma reunião com a administração do Centro Hospitalar Universitário do Algarve, a dirigente do PAN disse perceber a posição dos especialistas de saúde “do ponto de vista epidemiológico”.

Porém, sublinhou, que não se pode “deixar para trás um direito basilar, que é o direito a votar, e que isso seja feito com toda a segurança”.

Sousa Real notou que a solução adotada pelo Governo para a votação de pessoas em isolamento, devido à Covid-19, “passa por permitir a deslocação das pessoas ao invés da urna se deslocar aos locais”.

“Aliás, recordo que o PAN tinha defendido que existissem dois dias de votação, em vez de um dia de votação, sem prejuízo do voto antecipado”, lembrou, defendendo que existiam “outros mecanismos que poderiam e deveriam estar a ser implementados”.

Os médicos de saúde pública recomendam horários e locais próprios de votação nas legislativas para quem está em isolamento, para evitar cruzamento de pessoas, e sugerem escusa de responsabilidade civil até final de fevereiro.

Sobre a reunião com a administração do Centro Hospitalar Universitário do Algarve, Inês Sousa Real disse ter ouvido queixas sobre as dificuldades para contratar médicos especialistas.

“Nunca perdemos como hoje os especialistas nas diferentes áreas de saúde, quer na região do Algarve, quer também ao nível nacional, e as demissões que temos assistido, um pouco por todo o território, também espelham isso”, salientou.

Segundo a porta-voz do PAN, “a grande dificuldade” do país passa por “fixar os profissionais de saúde”, face “à competitividade no privado” e à “saída para o estrangeiro”.

LUSA/HN

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