PAN defende que “é altura” de profissionais de saúde retomarem as suas tarefas

16 de Fevereiro 2022

O PAN defendeu esta quarta-feira que “é altura” de os profissionais de saúde que foram “alocados à monitorização” da pandemia retomarem as suas tarefas, considerando que o país está perante uma “nova forma de encarar” a Covid-19.

“É também altura evidente de os outros profissionais de saúde poderem retomar as suas tarefas na plenitude, profissionais que também foram alocados à monitorização desta crise sanitária”, afirmou Bebiana Cunha, dando como exemplo os médicos de família e enfermeiros de centro de saúde que “foram retirados para dar respostas de emergência”.

A ainda líder parlamentar do PAN falava aos jornalistas na Assembleia da República, em Lisboa, no final de uma reunião entre o Governo, Presidente da República, epidemiologistas e especialistas em saúde pública, e os partidos com representação no parlamento, por videoconferência.

“Fica clara a mensagem de que estamos hoje perante uma nova forma de encarar esta pandemia, de encarar esta crise sanitária e que um dos conselhos principais que é deixado se prende com o facto de se dar mais importância à gravidade da doença do que propriamente ao número de pessoas infetadas”, afirmou.

A dirigente do partido Pessoas-Animais-Natureza considerou que “devem ser priorizadas as pessoas vulneráveis, nomeadamente no que diz respeito ao reforço da vacinação”, nomeadamente aquelas que “estão em contexto mais expostos”.

Apontando que os especialistas referiram-se também à “ligação profunda entre saúde humana e saúde ambiental”, Bebiana Cunha apontou que esse “tem sido o discurso do PAN desde o início”.

E indicou que na reunião de hoje ficou “bem clara a necessidade de os técnicos de saúde ambiental voltarem a fazer a devida monitorização das águas”, nomeadamente das águas residuais, alertando que “estes técnicos foram deslocalizados para outro tipo de tarefas”.

“Na perspetiva do PAN há que reforçar esta mensagem de que de facto o fundamental é nesta fase monitorizar e prevenir, através daquelas que são as decisões políticas, novas crises sanitárias”, salientou, apontando que “este processo ainda não terminou e que tem de ser monitorizado” e que “foi deixada a sugestão de ser monitorizado a cada 15 dias”.

Os peritos hoje reunidos sugeriram um alívio nas medidas contra a Covid-19, acabando com as limitações de acesso a lojas, bares e discotecas e com a máscara a ser apenas obrigatória em espaços interiores públicos, serviços de saúde e transportes.

Os especialistas, reunidos no Infarmed, sugerem também que o uso de certificado seja apenas para acesso a serviços de saúde e recomendam que em locais exteriores, o uso da máscara de proteção se limite às áreas com grande densidade populacional.

A ministra da Saúde considerou hoje que Portugal se encontra numa nova fase da pandemia da Covid-19 e admitiu o alívio de medidas de mitigação, com nova política de testagem e a revisão da obrigatoriedade de máscara.

Resumindo as conclusões do encontro, a ministra da Saúde referiu que é possível considerar que o país se encontra já numa nova fase da pandemia da Covid-19, apesar de admitir que há ainda muitas incertezas, abrindo a porta à revisão das medidas atualmente em vigor.

Concretamente, Marta Temido referiu uma nova política de testagem, a avaliação dos contextos em que o uso obrigatório de máscara possa vir a cair e a alteração das situações em que é exigida a apresentação do certificado digital.

LUSA/HN

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