“A guerra, levada a cabo pela liderança russa, está a resultar num ataque brutal à Ucrânia, em que o princípio internacional da neutralidade médica e dos direitos humanos não estão a ser respeitados, de acordo com informações já veiculadas pela Associação Médica Mundial a propósito do bombardeamento de um hospital na região de Donetsk”, afirmou a Ordem, em comunicado.
Citado no documento, o bastonário dos médicos, Miguel Guimarães, condenou e lamentou “a violência e brutalidade de uma guerra injustificada que viola os valores da liberdade e da democracia”.
O responsável pela Ordem instigou os responsáveis russos a “honrarem o trabalho dos médicos e dos profissionais de saúde e a neutralidade dos serviços de saúde”.
“Tal como a Organização Mundial de Saúde já reiterou, o direito à saúde e o acesso aos serviços devem ser sempre protegidos”, sublinhou.
A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocaram pelo menos 198 mortos, incluindo civis, e mais de 1.100 feridos, em território ucraniano, segundo Kiev. A ONU deu conta de 120.000 deslocados desde o primeiro dia de combates.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a “operação militar especial” na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de o país se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), UE e Conselho de Segurança da ONU, tendo sido aprovadas sanções em massa contra a Rússia.
LUSA/HN
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