“Antevemos que o Banco de Moçambique mantenha a taxa de juro diretora em 13,25% durante este ano e que a média anual da inflação suba de 5,6% em 2021 para 7,5% este ano, o que vai desincentivar o corte”, lê-se numa análise à política monetária de Maputo.
“Este ano, o banco central também não deverá aumentar a taxa, para não perturbar a recuperação económica face ao impacto da pandemia de covid-19”, acrescentam os analistas na nota a que a Lusa teve acesso, na qual escrevem que “em 2023 o banco deverá aumentar a taxa de 75 pontos base, para 14%, no seguimento da inflação e do crescimento económico”.
Quanto à evolução da moeda moçambicana, esta consultora, detida pelos mesmos donos da agência de notação financeira Fitch Ratings, escrevem que “o metical deverá manter-se relativamente estável em 2022, chegando ao final do ano com uma média de 63,92 meticais por dólar”.
O aumento dos preços do alumínio e do carvão e a subida das exportações de gás natural liquefeito vão anular o efeito do sentimento negativo de curto prazo que advém da invasão da Ucrânia pela Rússia, acrescentam.
“Em 2023, vemos o metical a depreciar-se ligeiramente, em 1,7%, para uma média de 65 meticais por dólar, devido à queda do preço do alumínio e à descida do valor das exportações de carvão”, concluem os analistas.
NR/HN/LUSA
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